ISOLAMENTO E CARACTERIZAÇÃO DE PEPTÍDEOS ANTIMICROBIANOS PRESENTES EM SEMENTES DE CANAVALIA ENSIFORMIS

Autores

  • Marciele Souza da Silva
  • Ribeiro Sff
  • Gomes Vm

Palavras-chave:

Peptídeos, Canavalia ensiformis, Leveduras

Resumo

Peptídeos antimicrobianos têm sido identificados em sementes de diferentes tipos de plantas, entre os principais encontramos as tioninas (LTPs) e as defensinas. Estes peptídeos possuem uma notável atividade antimicrobiana contra fungos fitopatogênicos e bactérias. O objetivo desse trabalho foi verificar a atividade antimicrobiana de peptídeos isolados de sementes de feijão-de-porco contra as diferentes leveduras Saccharomyces cerevisiae, Candida albicans, C. tropicalis e Pichia membranifaciens. O cotilédone de Canavalia ensiformis foi submetido a uma extração ácida segundo metodologia descrita por Egorov et al. 2005, com modificações. O sobrenadante resultante dessa extração foi submetido à cromatografia em coluna de DEAE-Sepharose e, os peptídeos resultantes dessa cromatografia foram submetidos a um ensaio antifúngico contendo 1x104 céls/mL das leveduras na presença de diferentes concentrações do(s) peptídeo(s). A absorbância foi medida a 620 nm, a cada 6h, num tempo total de 24h. Após ensaio as células foram fixadas (glutaraldeído 2,5%, paraformaldeído 4%, tampão fosfato 0,1M pH 7,3) e visualizadas por microscopia óptica. Após cromatografia, as proteínas dos picos obtidos, denominados D1 e D2, foram visualizados por eletroforese em gel de tricina, os quais apresentaram bandas majoritárias entre 8.000 e 16.000 Da. As proteínas do extrato bruto e das frações D1 e D2 foram submetidas a testes antifúngicos e os resultados obtidos mostraram que o extrato bruto e a fração D1 foram capazes de inibir o crescimento da levedura C. albicans, estimular o crescimento das leveduras C. tropicalis e P. membranifaciens e, não apresentar atividade contra S. cerevisiae. A fração D2 inibiu o crescimento de S. cerevisiae e C. tropicalis e nenhuma inibição foi notada para C. albicans e P. membranifaciens. Visualizamos estas células por microscopia óptica e alterações morfológicas também foram observadas.

Publicado

12-04-2013