EFICIÊNCIA NO USO DE NITROGÊNIO EM MILHO INOCULADO COM MICRORGANISMOS PROMOTORES DO CRESCIMENTO VEGETAL E ÁCIDOS HÚMICOS

Autores

  • Silézio Ferreira da Silva
  • Willy Pedro Vasconcellos Prellwitz
  • Fabio Lopes Olivares
  • Luciano Pasqualoto Canellas

Palavras-chave:

insumos biológicos, Bioestimulação

Resumo

Um dos fatores responsáveis pelo interesse cada vez maior em aumentar a eficiência de uso dos nutrientes na agricultura é a constante elevação dos preços dos fertilizantes. O objetivo deste trabalho foi avaliar a eficiência do uso de nitrogênio em milho inoculado ou não com bactérias diazotróficas endofíticas na presença de ácidos húmicos (AH) isolados de vermicomposto. O experimento foi realizado na fazenda Abadia, Campos dos Goytacazes, RJ, durante a safra de 2009/2010 e 2010/2011. A densidade de semeadura da variedade AG 2040 foi de 5 a 6 sementes/metro linear e espaçamento entre linhas de 0,90 m. Utilizou-se delineamento experimental em blocos ao acaso com tratamentos em arranjo fatorial: no primeiro ano foram utilizados 4 níveis de adubação N-uréia: (0, 45, 90 e 180 Kg ha-1) e no segundo 6 níveis: (0, 37,5, 50, 75, 112.5 e 150 Kg ha-1). A inoculação do milho com os microrganismos (Burkholderia spp. e H. seropedicae) foi realizada no estádio 6 v com 109 células viáveis mL-1 + 50 mg de AH L-1, pH 7,0 em aplicação foliar equivalente a 300 L ha-1. No primeiro ano, marcado por forte estiagem, foi observado resposta linear e superior na produção de milho com a inoculação em todos os níveis de N-uréia utilizados. No segundo ano, sem restrições de chuva, a inoculação aumentou a produção até o nível de 75 Kg N-uréia ha-1. A Eficiência agronômica (EA) foi maior em todos os níveis de N no milho inoculado no primeiro ano, enquanto que no segundo foi observada a diminuição linear a partir de 75 Kg N-uréia ha-1 com aumento da EA no controle. A eficiência econômica (EE) da adubação nitrogenada no primeiro ano foi muito superior nos tratamentos inoculados. No segundo ano a EE foi maior nos tratamentos inoculados até a dose de 75 Kg N-uréia ha-1. O milho inoculado com bactérias diazotróficas endofíticas na presença de ácidos húmicos, foi eficiente em todas as doses no período em que houve seca. Em condições normais de chuva a inoculação foi eficiente até a dose de 75 Kg N-uréia ha-1concentração de N onde houve melhor resposta.

Publicado

12-04-2013