ANÁLISE MORFOLÓGICA, TOPOGRÁFICA E DO SUPRIMENTO SANGUÍNEO DA GLÂNDULA TIREÓIDE EM CÃES (CANIS FAMILIARIS)

Autores

  • Nina Quintanilha Costa
  • Rômulo Ferreira de Assumção
  • Raphael Farruk do Amaral Agostinho
  • Ana Bárbara Freitas Rodrigues

Palavras-chave:

Morfologia, Cão, Glândula tireróide

Resumo

O estudo anatômico procura avaliar a estrutura, a arquitetura e a forma dos órgãos. O conhecimento do transcurso e da morfologia dos órgãos que compõem o corpo do animal é de vital importância para o entendimento da anatomofisiologia de muitas espécies de animais. Em função da alta atividade funcional desta glândula, é relevante o conhecimento de alguns de seus parâmetros morfológicos. Este trabalho visa definir os padrões morfológicos, topográficos e da irrigação sanguínea da glândula tireóide Foram analisadas as glândulas tireóideas de 28 cães, oriundos do Centro de Controle de Zoonoses de Campos dos Goytacazes-RJ. Na Seção de Anatomia da UENF os exemplares foram identificados e pesados. Por meio de uma incisão látero-dorsal esquerda, ao nível do 9º espaço intercostal, a artéria aorta, em sentido cranial, foi acessada e canulada para injeção de solução aquosa de Neoprene Látex. Em seguida, os animais foram acondicionados em recipiente contendo solução de formol a 10%, para fixação. Após este período, os cães foram dissecados e realizou-se a exérese das estruturas até o acesso à tireóide. . A glândula era constituída de dois lobos com formato oval e alongado, e coloração marrom-escura. Os lobos se encontravam caudalmente à cartilagem cricoide e medialmente às artérias carótidas direita e esquerda. Os valores médios de comprimento, largura e espessura foram, respectivamente, para o lobo esquerdo: 26,65mm; 8,36mm; 3,56mm, e lobo direito: 24,54mm; 8,82mm; 4,94mm. As artérias tireóideas cranial e caudal eram ramos diretos da artéria carótida comum. Nos animais 100% da artéria tireóidea cranial irrigava a glândula em ambos os lados. A artéria tireóidea caudal estava presente em 85,7% dos cães no lado direito e em 92,8% dos cães no lado esquerdo, irrigando o pólo caudal da glândul Diante da escassez de dados morfológicos da glândula tireóide, consideramos essencial novas investigações sobre os aspectos anatomotopográficos desta glândula. O estudo vem apresentando dados de grande relevância em relação à topografia, a morfologia e a vascularização da glândula tireóide de cão.

Publicado

12-04-2013