CULTIVO IN VITRO DE EMBRIÕES BOVINOS NA PRESENÇA DE ÁCIDO LINOLÉICO: EFEITO NA TAXA DE BLASTOCISTOS

Autores

  • Danielly Detoni
  • Fernanda Costa de Queirós
  • Angelo José Burla Dias

Palavras-chave:

Blastocistos, Ácidos graxos, Metabolismo energético

Resumo

Apesar dos avanços alcançados ultimamente, a produção in vitro (PIV) de embriões bovinos ainda é considerada um processo pouco eficiente.O composto albumina-ácido linoléico (LAA) tem sido usado em cultivos embrionários, com o intuito, preferencialmente de reduzir do conteúdo lipídico dos embriões produzidos in vitro (HOCHI et al. 1999). O objetivo deste trabalho é avaliar os efeitos da suplementação com LAA na produção de embriões bovinos. Complexos cumulus oophorus (COCs) foram aspirados de folículos de 3 a 8 mm de ovários obtidos em matadouro e maturados in vitro (MIV) por 22 h. A fertilização in vitro (FIV) foi realizada em meio de FIV por 18 h e os possíveis zigotos foram cultivados in vitro (CIV) em meio de cultivo suplementado com LAA (0,1%) nas primeiras 72h (T1), nas últimas 72h (T2), durante todas as 192h (T3) de CIV ou por 192h em meio sem adição de LAA (controle). A taxa de clivagem foi avaliada às 48h, 72h e 96h pós-fecundação e a taxa de blastocistos às 192h pós-fertilização. Os dados foram analisados no ambiente R versão 2.11.1(2010) pelo teste X2 (Qui,quadrado), com nível de significância de 5%. As taxas de clivagem foram semelhantes (P> 0,05) entre os embriões dos grupos controle, T1, T2 e T3 (68,7; 62,7; 65,35; 62,88 %, respectivamente). Da mesma forma não foram observadas diferenças significativas (P>0,05) na taxa de blastocistos (22,9; 33,01; 33,07; 28,03 %, respectivamente). A exposição dos embriões a condições de cultivo suplementadas com LAA nas diferentes fases testadas não alterou as taxas de formação de blastocistos. Embora o LAA possa melhorar a sobrevivência dos embriões ao congelamento (Hochi et al. 1999), este composto não afetou a taxa de produção de blastocisto, nas condições testadas.

Publicado

13-05-2013