ARQUITETURA DE NINHOS DE ABELHAS (INSECTA: HYMENOPTERA) EM FRAGMENTOS DE MATA ATLÂNTICA NO NORTE-NOROESTE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

Autores

  • Thaís Araújo Cordeiro Schwartz
  • Frederico Teixeira
  • Frederico Teixeira
  • Maria Cristina Gaglianone
  • Maria Cristina Gaglianone

Palavras-chave:

Ninhos-armadilha, Abelhas solitárias, Insetos

Resumo

As abelhas dependem de recursos florais para a alimentação de adultos e larvas e diferenças no aprovisionamento e consumo larval podem resultar em variações nos ninhos e no tamanho corporal dos indivíduos, refletindo condições ambientais diferentes entre as áreas de nidificação. O estudo com ninhos-armadilha (NA) permite a análise da bionomia e de inimigos naturais associados. Este trabalho visa o estudo comparativo da arquitetura de ninhos em áreas de diferentes fisionomias vegetais. O estudo está sendo realizado em fragmentos florestais de floresta estacional semidecidual de tabuleiro, floresta estacional semidecidual submontana, e floresta ombrófila densa Montana. Dois tipos de NA foram utilizados: gomos de bambu (diâmetros de 1-2 cm e comprimento de 15-22 cm) e tubos de cartolina preta (diâmetros de 0,4-0,15 cm e comprimento de 9-10 cm) inseridos em orifícios de em uma placa de madeira. Os ninhos, instalados a 1,5 m do solo, foram inspecionados mensalmente e os concluídos levados ao laboratório para emergência e análise da arquitetura. No campo, ninhos concluídos foram substituídos por outros de medidas semelhantes. Até o momento, somente ninhos de Euglossa (n=1) e Megachile (n=5) foram abertos e descritos. O ninho de Euglossa apresentou células (n=9) elípticas, unidas lateralmente e dispostas na região central do ninho-armadilha. O material utilizado para a construção era resinoso, de coloração escura. Os ninhos do gênero Megachile, constituídos de fragmentos de folhas verdes, variaram de 5,0 a 19,1 cm; as células, em número de 1 a 11 por ninho, eram revestidas internamente e apresentavam comprimento de 1,1 a 1,9 cm e largura de 0,3 a 1,0cm. O trabalho ainda se encontra em fase inicial, e deve prosseguir com a análise de maior número de ninhos destes dois gêneros e com a comparação entre as áreas estudadas. Espera-se encontrar diferenças na arquitetura dos ninhos relacionadas às áreas de diferentes fitofisionomias.

Biografia do Autor

  • Frederico Teixeira
      
  • Frederico Teixeira