Avaliação da acetilcolinesterase como biomarcador em experimentos de contaminação via injeção intraperitoneal do Metilmercúrio e Cloreto de mercúrio em Traíra, Hoplias malabaricus (BLOCK, 1794)

Autores

  • Juliana dos Santos Colombi
  • Taíse Bomfim de Jesus
  • Carlos Eduardo Veiga de Carvalho

Palavras-chave:

Mercúrio, Biomarcadores, Acetilcolinesterase

Resumo

O mercúrio (Hg) é considerado um poluente importante e um dos metais pesados mais estudados, com alta toxicidade e capacidade se acumular em organismos. Para avaliação tóxica, utilizou-se biomarcadores que são indicadores biológicos. Este estudo tem como objetivo geral avaliar, a eficácia da acetilcolinesterase como biomarcador bioquímico em peixes expostos, via injeção intraperitoneal, a forma orgânica e inorgânica de mercúrio. Após a coleta, as traíras foram divididas em grupos tratados diferentemente (com MeHg, HgCl2 e controle). Após 96H de exposição, foram dissecadas para retirada do músculo para análises. Na analise de Hg o músculo foi submetido à extração ácida, segundo a metodologia descrita por BASTOS et al., (1998). Para verificar a atividade colinesterásica, foi utilizada amostras de músculos homogeneizados, de acordo com ELLMANN et al. (1961), modificado para microplaca por SILVA DE ASSIS (1998). Para análise estatística o programa utilizado foi o Graphpad versão 5.0. A análise de variância empregada foi ONE-WAY ANOVA (Repeated measures) com nível de significância de 5% (p< 0,05). O resultado encontrado demonstrou que tecido muscular apresentou a maior média de concentração de Hg em indivíduos tratados com MeHg, quando comparados com o HgCl2 e controle, isso pode ser explicado já que o MeHg é uma forma bastante tóxica e mais difícil de ser eliminado pelo organismo. Para atividade colinesterásica, pode ser observada uma inibição significativa (p< 0,0001) nos indivíduos expostos ao metilmercúrio em relação ao controle e ao HgCl2, confirmando que essa enzima é bastante sensível quando exposta á algum xenobiante. Através da realização destes testes, foi possível conhecer como as diferentes formas do mercúrio agem no tecido muscular, no tempo de 96H. As medidas da atividade colinesterásica, ao metilmercúrio confirmaram a neurotoxicidade deste metal em peixes.