EFEITO DOS ESTRESSES HÍDRICO E FRIO SOBRE AS ATIVIDADES DE FOSFOLIPASES C E D EM MAMONA (RICINUS COMMUNIS)

Autores

  • Karolina Fernandes Scarpati de Souza
  • Cristiane Martins Cardoso de Salles
  • Olga Lima Tavares Machado

Palavras-chave:

Mamona, Fosfolipase C e D, Estresse hídrico e frio

Resumo

A mamona é uma cultura industrial explorada em função do óleo de suas sementes. Seu crescimento é afetado por estresse hídrico que induz diferentes respostas fisiológicas e bioquímicas. O ácido fosfatídico (PA), identificado como uma importante molécula sinalizadora em plantas é gerado através de duas vias distintas por Fosfolipase D (PLD), ou C (PLC). Para investigar a resposta de defesa da mamona contra estresses abióticos, analisamos o efeito do frio e da seca sobre as atividades de PLC e PLD. Para análise dos diferentes estresses, plantas foram crescidas e regadas até o estágio trifoliar em casa de vegetação, sendo o estresse hídrico realizado após este período com ausência de irrigação por 4 dias. No estresse térmico (frio), as plantas foram expostas a 0ºC em câmara fria, nos tempos de 5, 15, 30 e 60 minutos. Após todos os tratamentos as folhas foram cortadas e maceradas utilizando grau e pistilo em presença de nitrogênio líquido. As fosfolipases foram extraídas e suas atividades testadas com seus respectivos substratos. As leituras foram feitas em espectrofotômetro a 700 nm. Os controles para ambos os tratamentos foram regados e mantidos sob a temperatura de 25ºC diariamente. Observou-se que ambas as atividades de PLD, isoforma ácida e básica, aumentaram após estresse hídrico. Por outro lado, atividade PLC foi reduzida após a desidratação. O tratamento em baixa temperatura aumentou a atividade de PLD com diferenças em relação ao tempo de exposição. Atividade de PLC só foi aumentada 60 minutos após o tratamento. Nossos resultados poderiam indicar que diferentes Fosfolipases estão implicadas na manutenção de níveis elevados de PA durante eventos de sinalização após estresses abióticos como frio e seca.