ELETROPORAÇÃO DE OVÓCITOS BOVINOS EM PLACA E EM CUBETA PARA INTRODUÇÃO CITOPLASMÁTICA DE TREALOSE

Autores

  • Janaina Leite Pereira
  • Carla Sobrinho Paes de Carvalho
  • Angelo José Burla Dias

Palavras-chave:

Criopreservação, Vitrificação, Maturação in vitro

Resumo

Estratégias têm sido desenvolvidas para contornar a elevada sensibilidade de ovócitos à criopreservação. Uma delas é a introdução da trealose no citoplasma desses gametas. Como esse açúcar não é permeável à membrana plasmática, torna-se necessário desenvolver mecanismos para esse fim, como por exemplo a eletroporação. O objetivo desse trabalho foi comparar os sistemas de eletroporação em placa e em cubeta, para introdução citoplasmática da trealose, sobre a viabilidade de ovócitos bovinos. Complexos cumulus oophorus (COCs) obtidos de ovários de matadouros foram maturados in vitro, por um período de 20h. Os ovócitos foram desnudados e transferidos para a solução de eletroporação (SE-3,815g de trealose,0,00012g de MgSO4,1,75 de BSA) sendo então colocados na placa (B450, BTX), juntamente com 20?l de SE (ovócitos/ ?l), ou em cubetas (620, BTX), juntamente com 400?l de SE. A eletroporação foi realizada no eletroporador ECM 2001 (BTX), utilizando 5 pulsos de 150 V e 60?s de duração cada. Para a determinação da integridade da membrana plasmática foi realizada a marcação com iodeto de propídio, aos 5 e 30min após a eletroporação. Resultados preliminares mostram que 70 e75% dos ovócitos em placa e em cubeta, respectivamente, avaliados imediatamente após a eletroporação apresentaram marcação pelo iodeto de propídio. No entanto, após 30 min. apenas 20 % (placa) e 30% (cubeta) apresentaram-se marcados. Nas condições desse trabalho, os resultados preliminares sugerem uma melhor viabilidade dos ovócitos eletroporados em placa, além da maior facilidade de trabalho nesse sistema, que a cubeta. Porém é necessário aumentar o número de repetições para obter dados mais precisos.