HIDROQUÍMICA DO CANAL FLUVIAL DA PORÇÃO INFERIOR DO RIO PARAÍBA DO SUL,RJ

Autores

  • Helio Secco
  • Cristiano Peixoto Maciel

Palavras-chave:

Hidroquímica, Rio Paraíba do Sul, Vazão

Resumo

Os rios são importantes agentes integradores da paisagem, desempenham um importante papel nos processos biogeoquímicos na inferface continenteoceano. O presente trabalho tem por objetivo apresentar a variação temporal de parâmetros físicoquímicos analisados na porção inferior do Rio Paraíba do Sul (RPS), o qual é o maior manancial hídrico do Estado do Rio de Janeiro e apresenta uma série de impactos relacionados à um mosaico de atividades antropogênicas desenvolvidas ao longo de sua bacia. O RPS está localizado entre 20º26´e 23º38 ´S e 41º e 46º39´W, sua bacia de drenagem abrange uma área de 56.600km², banhando as regiões mais industrializadas do país. A amostragem vem sendo realizada quinzenalmente de janeiro até abril de 2009,na saída da bacia. São determinadas a vazão e os parâmetros físicoquímicos, além da coleta de amostras de água para determinações químicas. Este estudo na saída da bacia do RPS já vem sendo realizado pelo LCA/UENF desde 1994. Assim, estes dados integrarão a base de dados da série histórica,; e a metodologia, preservação e determinações químicas das amostras seguiram os protocolos já definidos. Para o período estudado, a vazão mostrou picos em janeiro e fevereiro (2354m³/s e 2688m³/s), apontando para uma diminuição em abril, devido ao final da época de cheia. O material particulado em suspensão (MPS) seguiu a variação da vazão, com maior valor (143,3mg/l) em janeiro e menor (40,8mg/l) em abril. A temperatura da água no canal fluvial foi maior (26°C) junto da maior vazão (fevereiro), e a menor em março (20°C). O pH oscilou entre 6,9 e 7,4 (maior em fevereiro). A condutividade elétrica, oxigênio dissolvido, e alcalinidade apresentaram variação inversa à vazão, com valores aumentando progressivamente.com a diminuição da cheia. Assim, para os parâmetros analisados, observase relação com as variações na vazão do rio, que está intimamente relacionada com a quantidade de chuvas na sua bacia de drenagem. Estes dados corroboram o observado em estudos anteriores.