O discurso amoroso em questão: sujeito e autoria

Autores

  • Isabel Osório Tubino do Coutto

Resumo

O amor sempre foi objeto de interesse como sentimento “maior” ao qual se vincula o sentido de felicidade e realização humanas. Este trabalho tem por objetivo observá-lo enquanto resultado de práticas discursivas, o conjunto de conceitos articulados que permitem a cristalização de consensos constituídos culturalmente em uma memória. A interpretação desses conceitos só é possível a partir do conhecimento das ideologias vigentes em determinado tempo e lugar. O sentido não é algo fechado, limitado a uma significação possível, ao contrário, é infinitamente aberto, uma vez que cada palavra só pode significar em relação a outra(s). Não se pode conceber a linguagem como mero elemento de comunicação que designa os seres e os conceitua; mais que isso, as designações e os sentidos se constroem na relação linguagem-sujeito-história. Como não se pode falar em linguagem ou ideologia sem pensar em sujeito, a reflexão que se segue procura interpretar, nas redações escolares de alunos de 8º e 9º anos do ensino fundamental, os efeitos de sentido produzidos quando escrevem sobre o amor. Para melhor compreensão desses efeitos de sentido, fez-se necessário um estudo sobre a questão da autoria, no qual entram elementos fundamentais como consciente/inconsciente e enunciação/enunciado.

Biografia do Autor

  • Isabel Osório Tubino do Coutto
    Professora pesquisadora do CREFCON, Centro de Referência em Educação e Formação Continuada/SEMED, São Gonçalo, e Professora de Língua Portuguesa da FAETEC/RJ. Possui Mestrado e Doutorado em Letras/Estudos Linguísticos pela Universidade Federal Fluminense e desenvolve pesquisas em estudos de linguagem, especialmente em Análise do Discurso, Linguística Textual e Psicanálise

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