Existência e linguagem em “Vidas Secas”: uma hermenêutica filosófica da obra de Graciliano Ramos

Autores

  • Avelino Ferreira

DOI:

https://doi.org/10.5935/1809-2667.20080001

Palavras-chave:

Linguagem, Sentido, Vidas Secas, Condição humana, Filosofia

Resumo

O presente trabalho é um discurso sobre o não-dito em Vidas Secas, romance de Graciliano Ramos de 1938, hoje na 93ª edição. A pretensão é uma hermenêutica da obra. Como base para fundamentar o olhar hermenêutico, nosso dizer tem como pilares as falas dos filósofos Gadamer, Merleau-Ponty, Heidegger e Nietzsche e comentadores como Santiago Kovadloff, Ernildo Stein, Danilo Marcondes, entre outros. Deixamos claro que a intenção é apelar à razão para falar da des-razão, do vazio, de um silêncio primordial, da condição humana, tendo como pano de fundo a secura das vidas secas do escritor alagoano.

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Biografia do Autor

  • Avelino Ferreira
    Jornalista. Pós-graduando em Ensino de Filosofia. Graduando em Filosofia.

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Publicado

05-04-2023

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Existência e linguagem em “Vidas Secas”: uma hermenêutica filosófica da obra de Graciliano Ramos. Revista Vértices, [S. l.], v. 10, n. 1/3, p. 7–24, 2023. DOI: 10.5935/1809-2667.20080001. Disponível em: https://editoraessentia.iff.edu.br/index.php/vertices/article/view/1809-2667.20080001.. Acesso em: 20 abr. 2024.