O comportamento das emissões de gases de efeito estufa durante a pandemia de Covid-19

Autores

  • Rafaela Flavia Vianna Barbosa
  • Julya da Silva Nogueira
  • Loranni Carneiro da Silva
  • Ana Luisa Bonin Precioso
  • Maria Carla Barreto Santos Martins

Resumo

A Covid-19 é uma doença de alto contágio que surgiu na cidade de Wuhan, na China. A primeira notificação de infecção surgiu no dia 30 de dezembro de 2019 e se espalhou pelo mundo, ocasionando vários impactos para a sociedade. No Brasil, a primeira morte aconteceu no dia 12 de março de 2020 na cidade de São Paulo, desencadeando a instauração de uma quarentena no país, visando a diminuição do contágio. Devido às medidas de proteção e de isolamento social no Brasil e no mundo, houve uma diminuição do uso de meios de transportes, energia e uma queda nas atividades industriais. Tal fato levantou questionamentos a respeito da emissão de gases de efeito estufa (GEE’s) durante o período pandêmico. Os GEE’s são substâncias gasosas que absorvem parte da radiação solar, sendo os principais: dióxido de Carbono (CO2), metano (CH4), óxido nitroso (N2O), cloroflourcarbonos (CFCs), ozônio (O3) e vapor d’água. O presente trabalho tem por objetivo abordar o comportamento das emissões de GEEs durante o período de quarentena no Brasil. A metodologia utilizada baseou-se em levantamento bibliográfico. No início da pandemia, houve uma pequena queda no consumo de carne, ocasionando a desaceleração do abate bovino. Assim, a permanência do gado nos campos provocou o aumento da emissão de gás metano. Segundo o Instituto de Energia e Meio Ambiente (Iema) a emissão de dióxido de carbono por ônibus de transporte público na cidade de São Paulo (SP) diminuiu em 52% no período da pandemia devido à redução da frota em circulação. Entretanto, houve aumento no número de queimadas na região Amazônica, no Cerrado e no Pantanal. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (Inpe) foram registrados focos de incêndios nos respectivos biomas até o mês de setembro de 2020. Conclui-se que, em meio à pandemia, o Brasil apresentou um cenário de aumento na emissão de metano e de dióxido de carbono, resultantes de mudanças no uso da terra e da prática agropecuária. Em contrapartida, nos centros urbanos, o isolamento social provocou uma diminuição nas emissões de CO2 oriundos de meios de transporte.

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Publicado

16-05-2021

Edição

Seção

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