Educação do campo: uso de ferramentas digitais como alternativa em tempos de pandemia

Autores

  • Viviane Cristina Silva Lima
  • Mírian Marques da Silva
  • Kíssila dos Santos Monção
  • João Vítor Poubaix
  • Ricardo Avelar da Nobrega

Resumo

A educação brasileira é marcada por projetos elitistas e excludentes, especialmente, quando a referência é o meio rural. Essa é uma questão que remonta o modelo de colonização português, arcabouçado no latifúndio, no trabalho escravo e na monocultura, determinava a “matriz socioeconômica da educação de elite, pois excluía da escolaridade o grande contingente da população que era formada pelos escravos”. (FERREIRA JR., 2010, p. 17). Na conjuntura de perpetuação do abismo social que figura o Brasil, a educação é uma ferramenta poderosa de manipulação das massas para a perpetuação do status quo de uma minoria detentora de elevado poder aquisitivo. Historicamente, o ensino público nasceu para atender as demandas da elite agrária e, posteriormente, com as reformas no sistema educacional, passaram a atender às classes “subalternas”. Atualmente, a educação pública tem sido sucateada e seus profissionais desqualificados. E, em decorrência do fechamento das escolas por causa da pandemia de Covid-19, a abismo social entre as classes tem sido agravada. Nesse sentido, o projeto de extensão universitária, intitulado “Educação do Campo: limites e possibilidades da formação continuada para educadores na Baixada Campista”, (re)inventou suas formas de acesso à escola para continuar a troca de conhecimentos entre a UENF e a escola. Diante disso, o objetivo do texto é relatar as estratégias de educação informal utilizadas para continuar realizando extensão universitária mesmo com o fechamento das escolas. A metodologia utilizada baseou-se numa abordagem qualitativa e na observação participante. A principal estratégia utilizada pelo projeto de extensão universitária foi a construção de um calendário de Lives semanais, abordando temáticas que transversam a Educação do Campo e a Agroecologia. Ao analisar essa estratégia a equipe do projeto concluiu que as redes sociais ampliaram a capilaridade das atividades em outros estados brasileiros, bem como contribuiu com o aumento das leituras e produção textual dos bolsistas. E, ainda foi uma forma de manter aberto um canal de diálogo com a escola.

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Publicado

24-06-2021

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Seção

Banner - Educação e Ciências Sociais