MAPEANDO E ANALISANDO OS IMPACTOS DA CONCENTRAÇÃO DE RECURSOS NO INTERIOR DO QUADRADO MÁGICO, CAMPOS DOS GOYTACAZES (RJ)

Autores

  • Felipe Medeiros Alvarenga

Palavras-chave:

Verticalização, Quadro Mágico, Campos dos Goytacazes

Resumo

INTRODUÇÃO: O objetivo principal desse estudo foi analisar os impactos socioambientais da concentração de investimentos na área do Quadrado Mágico, região caracterizada pela alta concentração de recursos privados e estatais, onde ocorre um crescente adensamento populacional, expressando assim o avanço do processo de verticalização na cidade de Campos dos Goytacazes.METODOLOGIA: A estratégia de coleta de dados inclui no uso de um formulário desenhado para levantar informações sobre o uso do solo, número de arvores e seu  porte, fluxo de tráfego; número de edifícios residenciais prontos ou em construção. Estes dados foram coletados para realizar uma análise da qualidade ambiental do Quadrado Mágico, em face do avanço da verticalização e adensamento populacional. Além de obter dados em todas as ruas no interior da área de estudo, entrevistas semi-estruturadas foram realizadas com estudiosos do processo de verticalização, visando obtendo posicionamentos acerca dos processos ocorrendo no interior do Quadrado Mágico, e seus possíveis desdobramentos para o restante da cidade.RESULTADOS: Os resultados demonstram que efetivamente tem ocorrido um acelerado processo de crescimento na área de estudo seja na grande oferta de serviços ou pela procura por unidades residenciais, causando um avanço na construção de habitações verticais para suprir essa demanda. Além disso, foi verificada a existência de problemas em relação ao planejamento e controle do crescimento da área, tal como o escoamento da água das chuvas, a falta de áreas verdes e de espaço para crescimento de árvores. Esta combinação de fatores coloca em questão a noção de verticalização como positiva para o aumento da qualidade de vida dos habitantes das cidades.CONCLUSÃO: O processo de verticalização no Quadrado Mágico não tem sido acompanhado por medidas que garantam a sua sustentabilidade, dada a visível falta de infra-estrutura e serviços ambientais. Isto pode implicar na concentração de recursos em áreas específicas, aumentando a segregação sócio-espacial.