CURSOS TÉCNICOS INTEGRADOS AO ENSINO MÉDIO NA MODALIDADE DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS: NA BUSCA DE PROPOSTAS CURRICULARES ALTERNATIVAS

Autores

  • Laís da Silva Bicudo
  • Uani Rios Barral
  • Suely Fernandes Coelho Lemos
  • Vera Raimunda Amério Asseff

Palavras-chave:

educação de jovens e adultos, currículo escolar

Resumo

O estudo busca refletir sobre as propostas curriculares dos Cursos Técnicos integrados ao Ensino Médio na modalidade de Educação de Jovens e Adultos (EJA) do campus Campos-Centro do IF Fluminense, com o objetivo de identificar como as identidades culturais e as vivências dos alunos estão retratadas na ação educativa. A expectativa é que a investigação apresente alternativas de construções curriculares que possibilitem aos alunos o acesso, a permanência e a conclusão em seu percurso formativo.Ao focar as identidades/vivências/saberes construídos pelos alunos, além dos indicadores de acesso, permanência e conclusão do curso, adota-se o Estudo de Caso para apreensão da realidade no espaço geossocial do campus Campos-Centro do IF Fluminense. Na coleta de dados, em realização, são utilizados os seguintes instrumentos, construídos para a presente investigação e previamente testados: Roteiros de Entrevista e de Observação e Análise Documental (legislação específica, propostas curriculares e relatórios), cuja apreciação é efetivada via abordagem qualitativa. São sujeitos: alunos e profissionais da educação dos cursos técnicos integrados ao ensino médio na modalidade EJA.Os profissionais da coordenação que atuam nos cursos apontam a necessidade de incorporar aos currículos medidas que integrem as experiências vividas pelos alunos e seus saberes já adquiridos. Relatam que os alunos apresentam como traços socioculturais marcantes a estrutura familiar e a baixa expectativa de inserção no mundo do trabalho. No perfil dos alunos dos módulos I e II - Eletrotécnica, constata-se que a maioria tem entre 18 e 25 anos; são solteiros, sem filhos, com vínculo empregatício, com ensino médio em escola pública; apresentem dificuldades nas disciplinas Física e Matemática; demonstram união e solidariedade entre os colegas de turma e sugerem aumento de “conteúdos práticos”.A (re)significação dos tempos, espaços e saberes esbarra-se na rigidez das estruturas organizacionais que se contrapõem às expectativas e representações dos alunos em relação aos cursos. Ações curriculares flexíveis, atentas às demandas da EJA, devem constituir pauta de novos quefazeres.

Biografia do Autor

  • Laís da Silva Bicudo
  • Suely Fernandes Coelho Lemos