AÇÃO BACTERICIDA DA LASERTERAPIA DE BAIXA POTÊNCIA E DA TERAPIA FOTODINÂMICA EM PSEUDOMONAS AERUGINOSA E STAPHYLOCOCCUS AUREUS: ENSAIOS IN VITRO

Autores

  • VIVIAN KREPPEKE SILVA SANTOS
  • MARCIO MANHÃES FOLLY
  • HELEN MONTEIRO DA SILVA
  • FELIPE JORGE SAMPAIO

Palavras-chave:

Laserterapia, Bactérias, Antimicrobiano

Resumo

A laserterapia vem sendo utilizada em diversos campos médicos. Uma de suas formas de aplicação consiste no uso de corantes para aumentar a absorção da luz laser pela célula alvo, a Terapia Fotodinâmica. Embora, alguns estudos comprovem o efeito bactericida do laser, há ainda poucos trabalhos que forneçam dados práticos sobre esse tema. Dessa forma, objetiva-se no presente trabalho averiguar a ação bactericida da laserterapia em cepas de Pseudomonas aeruginosa e Staphylococcus aureus in vitro.As cepas bacterianas vêm sendo obtidas de amostras da bacterioteca do Setor de Bacteriologia (LSA/CCTA/UENF). Após a obtenção da colônia pura é feito um inóculo na escala 0,5 MacFarland e adicionado o corante azul de toluidina O (1%). O inoculo é espalhado em placas de Petri contendo ágar Müeller Hinton. A irradiação é realizada pelo laser veterinário (Laservet/Brasil), a uma distância de 0,5 cm, no comprimento de onda do vermelho (658nm), no modo contínuo, utilizando potência de saída de 100mW, nas fluências de 14, 16, 18, 20 e 22J/cm². Com esse protocolo espera-se estabelecer curvas dose-efeito, através da realização de regressão linear entre a dose e o halo formado no local de irradiação.Até o momento, foram avaliadas uma cepa de Staphylococcus aureus, obtida de leite mastítico e uma cepa de Pseudomonas aeruginosa (ATCC 29336), obtendo-se os seguintes resultados. Para a cepa de S. aureus observou-se nos locais de irradiação, formação de halos de inibição de 5, 7, 5, 4 e 4 mm de diâmetro, nas fluências de 14, 16, 18, 20 e 22 J/cm², respectivamente. Não houve formação de halo inibitório no controle. Na Pseudomonas aeruginosa não houve inibição de crescimento nas fluências aplicadas. Observou-se também, através de medições, que não houve influência da temperatura do laser sobre a inibição do crescimento bacteriano.Conclui-se até o momento que a laserterapia foi capaz de produzir um efeito bactericida no S. aureus e que mais testes devem ser realizados, principalmente para a Pseudomonas aeruginosa, a fim de se obter resultados mais representativos. 

Publicado

28-03-2012