PESQUISA DE SUJIDADES EM MÉIS CASEIROS COMERCIALIZADOS NO MUNICÍPIO DE CAMPOS DOS GOYTACAZES/RJ

Autores

  • Luís Felipe Peixoto Linhares
  • Francimar Fernandes Gomes
  • Ricardo Augusto Gomes Borges

Palavras-chave:

impurezas, contaminação, produtos caseiros

Resumo

Entende-se por mel o produto produzido a partir do néctar das flores, secreções de plantas e excreções de insetos. Segundo a Instrução Normativa nº 11, de 20/10/2000, o mel não deve conter substâncias estranhas devido ao risco de transmissão de doenças. A presença de sujidades como traças e pêlos de animais já foi constatada em méis comercializados no Brasil. Acredita-se que as chances de encontro de impurezas aumentam nos méis caseiros. Tal fato motivou a elaboração deste projeto.Foram adquiridas 15 amostras de mel no comércio varejista do município de Campos dos Goytacazes, e realizadas duas metodologias para pesquisa de sujidades: Na metodologia I de cada frasco retirou-se uma alíquota de 0,1 ml da porção superficial do mel que foi depositada entre lamina e lamínula para visualização no microscópio óptico (aumento de 10x). Na metodologia II para cada amostra 5,0 g eram diluídas em 100 ml de água destilada e filtradas em Büchner com papel de filtro, para posterior avaliação em estereomicroscópio (aumento de 10 x). As sujidades encontradas foram fotografadas com câmera Micro Zass acoplada a computador com Software Star Plus Axion Vision 3,0.Até o momento foram avaliadas 15 amostras pela metodologia I, onde 86,7% (13) apresentaram algum tipo de impureza. Na metodologia II verificou-se 70% (7) de amostras contaminadas entre 10 analisadas. Dentre as impurezas encontradas destaca-se a presença de formigas fibras e foligem. Os méis adquiridos neste estudo eram comercializados em ambientes propícios à contaminação em bancadas próximas à rua na presença de animais e insetos. Falhas no processamento e envase assim como o hábito do consumidor de abrir os frascos para verificação da qualidade do produto no ato da compra tornam o mel caseiro mais propenso à contaminação. Tal fato foi observado no presente trabalho.A presença de impurezas foi constatada em 86,7% (13 amostras) amostras de méis caseiros comercializados no município. Até o momento a metodologia I (verificação entre lamina e lamínula após pipetagem) demonstrou ser a mais eficaz para a detecção de impurezas.

Publicado

02-04-2012