PESQUISA DE FRAUDES EM MÉIS CASEIROS PELA DETECÇÃO DE POLÍMEROS PROVENIENTES DA HIDRÓLISE DO AMIDO: DADOS PRELIMINARES

Resumo

Sistematicamente os apicultores e consumidores têm demonstrado grande preocupação com a qualidade e com as constantes adulterações de méis. Os produtos caseiros por não passarem pelo crivo da Inspeção Sanitária tendem a oferecer maior risco à saúde dos consumidores. Diante dessa possibilidade decidiu-se pela elaboração do presente projeto em que se objetiva a detecção de fraudes pela presença de amido em méis caseiros comercializados no município de Campos dos Goytacazes, RJ.Foram adquiridas 20 amostras de mel caseiro no comércio varejista do município de Campos RJ e para cada uma delas foi executada a seguinte metodologia: em Becker de 50 ml foi adicionado 10g de mel e 10 ml de água. Cada amostra foi agitada até sua completa dissolução. Em seguida foi acrescida de 1 ml da solução de Lugol. Na presença de xarope de amido de milho hidrolisado (o que é proibido pela legislação) aparece uma coloração vermelha ou violeta. Foram feitos testes comparativos com amostras de mel puro.Das 20 amostras analisadas, 20% (4) foram positivas para a reação de Lugol. A importância desse resultado decorre da fraude prejudicar a economia do Estado e ferir o direito do consumidor que muitas vezes compra o produto para fins medicamentosos. Por esse motivo os méis caseiros deveriam passar por rigorosa fiscalização. A adição de amido ao mel é considerada um tipo de fraude de fácil execução. Acredita-se que além deste tipo de fraude outras formas de adulteração estejam acontecendo. Os resultados dessa pesquisa denotam a necessidade de maior rigor na fiscalização de produtos caseiros destinados a comercialização no município de Campos dos Goytacazes – RJ.Nesta pesquisa 20% das amostras de mel analisadas para a pesquisa de amido foram consideradas adulteradas.