ADENOCARCINOMA DA GLÂNDULA TIREÓIDE EM UM FELINO DOMÉSTICO (FELIS CATUS).

Autores

  • Hassan Jerdy Leandro
  • Raphael Mansur Medina
  • Rachel Bittencourt Ribeiro
  • Renato Luiz Silveira
  • Eulógio Carlos Queiróz de Carvalho

Palavras-chave:

Adenocarcinoma, felino, histopatologia

Resumo

As neoplasias da tireóide podem ser epiteliais benignas (adenomas) ou malignas (carcinomas), originárias das células C ou mesenquimais. Os carcinomas são mais freqüentes em cães e gatos. Há elevada incidência de metástases e ocorrem em diversos padrões histológicos, como: folicular, compacto (sólido), papilar e anaplásico (células gigantes). O objetivo deste trabalho é relatar e discutir a ocorrência de um carcinoma anaplásico bilateral de tireóide em felino. Os exames laboratoriais foram realizados no Setor de Morfologia e Anatomia Patológica, do Laboratório de Morfologia e Patologia Animal (LMPA) do Hospital Veterinário (HV) da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (UENF). A amostra enviada ao mesmo foi fixada em formalina neutra tamponada à 10%, incluída em parafina, corada pela hematoxilina e eosina (HE) e observada em microscopia óptica. Na microscopia foi observado processo neoplásico maligno, representado por células anaplásicas que, proliferadas, se dispunham compactamente, sem polaridade, muitas vezes gigantes e multinucleadas, com índice moderado de figuras mitóticas e sinais de anisocariose e hipercromatismo. Essas características nos permite o diagnóstico de carcinoma anaplásico de células gigantes da tireóide. Este, por sua vez, é um tumor raro em felinos e todas as outras espécies animais. No presente relato, chegamos ao diagnóstico definitivo através do histórico clínico, região anatômica da tumoração, e padrão histopatológico patognomônico da neoplasia. Concluímos tratar-se de uma entidade rara, notadamente por ser bilateral, mas ainda, por falta de diagnóstico histopatológico nesta e em outras espécies. Além disso, é de difícil diagnóstico.

Publicado

11-04-2013