MANEJO QUÍMICO DE PLANTAS DANINHAS NA CULTURA DA CANA-DE-AÇÚCAR NA REGIÃO NORTE FLUMINENSE

Autores

  • Sara Edy Gomes Lima Pessanha
  • Silvério de Paiva Freitas
  • Eurico Huziwara
  • Reynaldo Tancredo Amim
  • Herval Martinho Ferreira Paes

Palavras-chave:

Herbicidas, Fitotoxicidade, Controle

Resumo

O município de Campos dos Goytacazes tem grande expressão econômica na cultura da cana-de-açúcar no Estado de Rio de Janeiro. Esta cultura é muito influenciada pela competição com as plantas daninhas, daí a importância do uso de herbicidas, porém, a utilização de um mesmo princípio ativo pode levar a seleção de plantas daninhas resistentes. Objetivou-se neste trabalho avaliar a eficiência de herbicidas aplicados em pré-emergência das plantas daninhas em cana-planta, na Fazenda Abadia, Campos. Utilizou-se a variedade RB867515, e herbicidas em pré-emergência, com os seguintes tratamentos (L/ha): Testemunha sem capina; Testemunha capinada; bicyclopyrone 0,5; bicyclopyrone 1,0; bicyclopyrone 1,5; bicyclopyrone 2,5; bicyclopyrone + ametryn 3,5; S-metolachlor + ametryn 2,5+3,0; (hexazinone+diuron) + tebuthiron 1,5+1,0; (hexazinone+diuron) + clomazone 1,5+1,3; bicyclopyrone + hexazinone 0,5+0,8; bicyclopyrone + hexazinone 1,0+0,8; bicyclopyrone + (hexazinone+diuron) 0,5+1,5; bicyclopyrone + (hexazinone+diuron) 1,0+1,5. Utilizou-se DBC com quatro repetições e 14 tratamentos de 26m². Avaliaram fitotoxidez e controle de plantas daninhas, utilizando-se escalas de 0 a 100%. Aos 45 dias após a aplicação dos herbicidas a cana não apresentou sintomas de toxicidade em nenhum tratamento. Os melhores controles de plantas daninhas foram os tratamentos: bicyclopyrone + (hexazinone+diuron) 0,5+1,5; (hexazinone+diuron) + clomazone 1,5+1,3; bicyclopyrone + hexazinone 0,5+0,8; bicyclopyrone + hexazinone 1,0+0,8; bicyclopyrone 1,5 e bicyclopyrone 1,0. Dentre as espécies de plantas daninhas encontradas na área experimental, destacaram-se como as mais incidentes a tiririca (Cyperus rotundus), falso-massambará (Sorghum arundinaceum), grama-seda (Cynodon dactylon) e capim-camalote (Rottboelia cochinchinensis) que obtiveram um controle satifastório em todos os tratamentos. Os resultados indicam que o bicyclopyrone foi eficiente aplicado isoladamente e em mistura, porém quando aplicado na menor dose obteve-se um controle ineficiente. A toxicidade na cana-de-açúcar foi inferior a 20%. Em geral, as plantas Liliopsidas obtiveram um excelente controle.

Publicado

18-04-2013