CARACTERIZAÇÃO DA SUPERFÍCIE CELULAR DE TRIPANOSOMATÍDEOS FLOEMÁTICOS

Autores

  • Milena Mangefeste Magalhães
  • Darlí Grativol Keller
  • Flávio Costa Miguens

Palavras-chave:

Lectina, Phytomonas, Tripanossomatídeo

Resumo

Lectinas, usualmente, revelam resíduos de carboidratos de superfície. O perfil de aglutinação com lectinas pode ajudar na distinção de diferentes grupos de flagelados de planta (Camargo, 1999) e protozoários in vivo versus in vitro (Romeiro et al., 2003). Assim, no âmbito deste trabalho pretende-se caracterizar a superfície celular de tripanosomatídeos floemáticos mantidos em cocultura e em cultivo axênico com o uso de lectinas. É enfoque maior subsidiar a compreensão da Murcha de Phytomonas. Nos experimentos de aglutinação as lectinas usadas foram: Arachis hypogaea, Bandeiraea simplicifolia II, Concanavalina A, Helix pomatia, Phaseolus vulgaris, Triticum vulgaris, Ulex Europeans I I, Wisteria floribunda. Tripanosomatídeos floemáticos (HRJ01 e HBA01) oriundos de coculturas e de cultivo axênicos, aos 7 dias de cultivo foram lavados em PBS. Alíquotas de 50µl, de cada amostra, foram incubadas com as lectinas, na concentração final de 500µg/ml. A aglutinação foi monitorada por microscopia de luz, após 1 e 3 horas de incubação; sendo subjetivamente descrita como (+) aglutinação e (–) não- aglutinação. Dentre os resultados positivos, graduou-se a reação em (++) e (+++), caso a caso. Carboidratos da superfície celular de tripanosomatídeos floemáticos isolados de coqueiro foram identificados por aglutinação de lectinas (Sanches-Moreno, 1995), tendo reação positiva as lectinas Concanavalina A, Soja hispida e Ricinus comunis. Em nossos resultados, das lectinas usadas, 3 mostraram reação positiva de aglutinação para os dois isolados e 3 somente para o cultivo axênico HBA01. Os dados qualitativos da tabela revela diferenças na incubação de 3 horas entre os parasitas de cocultivo e o cultivo axênico apesar deste ser oriundo da cocultura. Nossos resultados são equivalentes aos de Sanches-Moreno (1995) com as lectinas Concanavalina A, Helix pomatia e Wisteria floribunda. Parasitas de cocultura e de cultivo axênico variaram seus perfis de aglutinação por lectinas, sendo a aglutinação por Helix pomatia a mais distinta.

Publicado

18-04-2013