ANÁLISE DA PRESENÇA DE INIBIDORES DE PROTEASE EM FLORES DE MARACUJÁ (PASSIFLORA EDULIS F. FLAVICARPA)

Autores

  • Keitty Raquel Benevides Pereira
  • Sylvio Botelho Júnior
  • Tânia Jacinto Freitas da Silva

Palavras-chave:

Maracujá, Inibidores de Protease, Flores

Resumo

Em plantas, inibidores de proteinases podem ser encontrados constitutivamente em diferentes tecidos, por exemplo: órgãos de reserva, órgãos reprodutivos e tecidos vegetativos. Tais inibidores são diferentes em número e em especificidade para várias enzimas proteolíticas. Devido a essas características, os inibidores são considerados umas das mais importantes classes de proteínas envolvidas nos processos de defesa vegetal. Baseando-se nessas informações, o objetivo desse trabalho foi analisar a atividade inibitória de tripsina e papaína em botões florais de maracujá em diferentes estágios de desenvolvimento assim como diferentes órgãos florais. O material biológico (botões e partes florais) foi coletado em plantações de maracujá na Escola Técnica Agrícola de Campos. A atividade inibitória contra papaína e tripsina presente em extratos protéicos dos botões e partes florais foi avaliada via experimentos de espectrometria. Os perfis protéicos dos botões e das partes florais foram analisados por SDS-PAGE. Experimentos de westernblot utilizando anticorpos policlonais contra cistatina de tomate serão realizados a fim de identificar inibidores de papaína nos diferentes extratos estudados. Nossos resultados, até o momento, revelaram que todas as amostras possuem atividade inibitória contra tripsina. A atividade observada nos botões florais praticamente não sofreu variação durante o desenvolvimento, atingindo em torno de 75-80% de inibição. Enquanto nas partes florais a atividade inibitória foi mais heterogenia. Neste caso a sépala e a pétala apresentaram os maiores valores, enquanto a menor atividade foi observada no estame e ovário. A análise por SDS-PAGE mostrou que ocorrem mudanças no perfil protéico durante o desenvolvimento dos botões florais. Além disso, revelou diferenças significativas no conteúdo protéico entre as partes florais. Em conjunto, os nossos dados sugerem que os inibidores de tripsina fazem parte do sistema de defesa constitutiva necessário para proteger os órgãos florais desde o início de sua formação. Como é sabido, as flores desempenham um papel vital na produtividade vegetal e esses inibidores acabam por ser fundamentais como mecanismo de defesa.

Biografia do Autor

  • Keitty Raquel Benevides Pereira
    Laboratório de Biotecnologia-CBB-UENF
  • Sylvio Botelho Júnior
    Laboratório de Biotecnologia-CBB-UENF
  • Tânia Jacinto Freitas da Silva
    Laboratório de Biotecnologia-CBB-UENF