AVALIAÇÃO CITOTÓXICA DE EXTRATOS DE CLARISIA RACEMOSA (MORACEAE) EM ARTEMIA SALINA

Autores

  • Fábio José Pereira da Costa
  • Kalyne Faria Porto
  • Rodrigo Rodrigues de Oliveira

Palavras-chave:

Clarisia racemosa, Moraceae, Citotoxidade

Resumo

A espécie Clarisia racemosa Ruiz & Pávon, pertencente à família Moraceae, tem como distribuição geográfica às regiões norte e sudeste do Brasil. Essa espécie é uma árvore de grande porte (40 m de altura) e tronco reto com diâmetro superior a 60 cm. Esse trabalho tem como objetivo a avaliação da atividade citotóxica de extratos de Clarisia racemosa, frente Artemia salina, um microcrustaceo bastante utilizado em teste de toxidade por possuir um baixo nível de diferenciação celular. Folhas e gravetos de Clarisia racemosa, depois de secos, foram triturados separadamente e submetidos à maceração estática a frio com diclorometano/metanol (2:1). Os extratos concentrados obtidos nesse processo de extração foram submetidos ao teste citotóxico. Nesse contexto, os ovos de Artemia salina foram colocados em um aquário com água do mar artificial por 48 horas em presença de luz para eclodirem. Após a eclosão, o extrato foi diluído em água/DMSO (3:2), e quinze larvas foram transferidas para cada tubo de ensaio contendo solução em concentrações de 10, 25, 50 e 100 ppm, feito em quadruplicata. Após 24h, foi realizado a contagem das larvas mortas. Os resultados obtidos foram muito promissores, podendo destacar o extrato de folhas, que apresentou um percentual de mortalidade de 100% em todas as concentrações utilizadas. A fim de isolar os constituintes químicos de folhas responsáveis por esse efeito citotóxico, o extrato diclorometano/metanol (2:1) foi fracionado por partição sucessivas com clorofórmio, acetato de etila, butanol em ordem crescente de polaridade . A fração em clorofórmio foi fracionada em coluna de gel de sílica, utilizando como eluente misturas binárias de polaridade crescente contendo hexano, acetato de etila e metanol além dos solventes puros. As frações obtidas foram reunidas de acordo com o perfil químico obtido pela cromatografia em camada fina. As frações obtidas nesse processo cromatográfico estão sendo analisadas e os materiais promissores serão submetidos ao processo de elucidação estrutural e, posteriormente, aos ensaios de citotoxidade. A partir dos resultados desses ensaios de citotoxidade com Artemia salina, é possível fazer uma projeção e ter uma base experimental para realização de outros testes biológicos de maior complexidade como ensaios larvicidas em Aedes aegypti e fungicidas.