AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE BIOLÓGICA DE NUCLEASES SINTÉTICAS FRENTE ÀS CÉLULAS DE ORIGEM TUMORAL

Autores

  • Juliana do Couto Vieira Carvalho dos Santos
  • Layla Janaína Hissa Borges
  • Milton Masahiko Kanashiro

Palavras-chave:

Câncer, Apoptose, Compostos de Coordenação de Cobre

Resumo

O câncer leva à óbito milhões de pessoas, sendo que as estimativas para 2020 indicam que o câncer será a principal causa de morte (10 milhões). Muitos compostos de coordenação têm sido sintetizados com objetivo de simularem a ação de nucleases naturais que levam a célula ao processo apoptótico, assim sendo promissores na terapia contra o câncer. Este trabalho tem como objetivo a avaliação da atividade antitumoral dos compostos de coordenação de cobre frente às células de origem tumoral humanas. O desenvolvimento do projeto consiste na avaliação da indução de apoptose mediada por 4 compostos em células tumorais humanas (THP-1, U937, HL60, MOLT4, Jurkat e CÓLON 205). A viabilidade celular e a liberação de LDH pelas células tratadas com os compostos foram avaliadas por microensaios colorimétricos. A citotoxicidade dos compostos foi avaliada, em células tumorais e normais (PBMC) humanas, de modo que as células apoptóticas, necróticas e normais foram determinadas por microscopia de fluorescência após coloração por laranja de acridina e brometo de etidio. A apoptose será também avaliada pela visualização de fragmentos oligonucleossomais em gel de agarose, após o cultivo com os compostos. Nos resultados obtidos observa-se que os compostos 5 e 7 foram os mais ativos, sendo capazes de reduzir a viabilidade celular bem como induzir a liberação de LDH em todas as linhagens celulares tratadas. Sendo que o composto 7 foi capaz de reduzir a viabilidade em 90% nas células de COLON 205, THP-1, HL-60, MOLT-4 e Jurkat, e ainda induzir 100% de apoptose na linhagem THP-1. Os compostos 1 e 3 foram menos ativos tanto na redução da viabilidade celular quanto na indução da liberação de LDH. O ligante 5 mostrou-se ativo para todas as células reduzindo consideravelmente a viabilidade celular enquanto os ligantes 1, 3 e 7 mostraram-se pouco ativos. Os resultados desse estudo indicam que a linhagem celular THP-1, mostra-se mais sensível aos complexos de cobre (II) estudados, e a linhagem U-937 mais resistente. Além disso, podemos concluir que as estruturas dos complexos têm grande influência sobre sua atividade biológica.

Biografia do Autor

  • Juliana do Couto Vieira Carvalho dos Santos
    Laboratório Biologia do Reconhecer (LBR) – UENF
  • Layla Janaína Hissa Borges
    Laboratório Biologia do Reconhecer (LBR) – UENF
  • Milton Masahiko Kanashiro
    Laboratório Biologia do Reconhecer (LBR) – UENF