INOVAÇÃO TECNOLÓGICA E DESEMPENHO EMPRESARIAL: ESTUDO EXPLORATÓRIO NO SETOR DE CERÂMICA VERMELHA EM CAMPOS DOS GOYTACAZES, RJ

Autores

  • Adriano Fonseca da Rocha
  • Manuel Antonio Molina Palma

Palavras-chave:

Inovação, Competitividade, Cerâmica Vermelha

Resumo

A capacidade de inovar, como fonte de obtenção de vantagens competitivas, é fator determinante no desempenho de empresas e no processo competitivo que o determina. A presente pesquisa objetivou esboçar um panorama atual da capacidade de inovação de empresas do setor de cerâmica vermelha de Campos e identificar os fatores-chave relacionados à inovação nas mesmas. Estudos preliminares deste tipo viabilizam projetos, sugerindo áreas passíveis de intervenção para alavancar o desempenho da indústria. O estudo de casos múltiplos foi a metodologia de pesquisa empírica utilizada. Foram analisadas cinco empresas ceramistas campistas. Elaborou-se um roteiro de entrevista semi-estruturado para ser utilizado com profissionais das empresas ceramistas da região que tenham familiaridade com o negócio. As conversas foram gravadas e posteriormente transcritas para possibilitar uma melhor análise dos dados. Em seguida, todo o conteúdo obtido foi analisado utilizando-se a técnica de análise de conteúdo. A relação oferta/demanda no setor se mostrou sazonal. Quanto aos concorrentes locais, todos têm condições semelhantes de estrutura, porém, não há uma interação considerável entre as empresas. Estas, não possuem fontes específicas de idéias, sendo a mão-de-obra o principal limitante de inovações. Quanto aos domínios da inovação: com relação ao produto as empresas se mostraram altamente tradicionalistas, com raríssimas mudanças; sobre o processo todos os respondentes disseram introduzir modificações regularmente, entretanto, são alterações sutis, nenhuma mudança de maior impacto foi encontrada; na organização, as empresas não demonstraram inovar na gestão ou nas suas estratégias e metas. Pode-se observar que as empresas do setor de cerâmica vermelha de Campos possuem baixa capacidade de inovar. Essa deficiência provém de fatores como: falta de visão inovadora; mão-de-obra desqualificada; baixa cooperação interorganizacional; falta de incentivos e programas que favoreçam a inovação.

Biografia do Autor

  • Adriano Fonseca da Rocha
    UENF – Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy RibeiroFAPERJ – Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro
  • Manuel Antonio Molina Palma
    UENF – Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy RibeiroFAPERJ – Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro