OBTENÇÃO DE HÍBRIDOS SIMPLES DE MILHO PIPOCA PARA O NORTE FLUMINENSE

Autores

  • Thiago Rodrigues da Conceição Silva
  • Antônio Teixeira do Amaral Júnior
  • Vanessa Quitete Ribeiro da Silva

Palavras-chave:

milho pipoca, capacidade de expansão, capacidade combinatória

Resumo

Embora haja carência de informações para a cultura do milho pipoca, é reconhecida sua contribuição na safra brasileira de cereais. Em relação ao milho comum, o produto tem valor de mercado cerca de quatro vezes superior. Nesse aspecto, a obtenção de híbridos de linhagens é alternativa viável para aumentar a participação da cultura no mercado nacional. Por conseguinte, determinou-se a capacidade combinatória entre dez linhagens de milho pipoca, na expectativa de contribuir com informações genéticas para recomendação de híbridos para os produtores do Norte Fluminense. Foram realizados cruzamentos manuais entre dez linhagens, designadas P1 (PR 023), P2 (PR 024), P3 (PR 036), P4 (UEM J1), P5 (PR 045-1), P6 (PR 045-2), P7 (PR 045-3), P8 (PR 087-1), P9 (PR 087-2) e P10 (PR 087-3), em esquema dialélico completo. Realizou-se o plantio-teste para avaliação das características capacidade de expansão (CE), rendimento de grãos (RG), altura média de planta (AP) e altura média de espiga (AE). As análises de capacidade combinatória foram realizadas com base na metodologia de Griffing, Método 2, Modelo B, sendo CGC a capacidade geral de combinação dos genitores em todas as combinações híbridas e CEC a capacidade específica de combinação entre as linhagens i e j. Com relação a CGC, todas as características foram significativas em 1% de probabilidade. Para a CEC, apenas a característica CE não foi significativa, devido à predominância dos efeitos aditivos. Em relação a AP e AE, as linhagens P1, P7 e P10 revelaram contribuição para a redução do porte das plantas, tornando-as de interesse para o Norte Fluminense. Para RG, sobressaíram-se as linhagens P2, P3 e P4 por revelarem as únicas magnitudes positivas de gi. Para CE, as linhagens P2, P8, P9 e P10 foram as mais interessantes por expressarem magnitudes positivas de gi. Com base na capacidade específica de combinação, sobressaíram-se os híbridos P1 x P3, P1 x P5, P2 x P4 e P3 x P7, os quais revelaram serem os mais promissores para plantios experimentais. Novas avaliações em ensaios de VCU serão de utilidade para a fidedigna recomendação de híbridos superiores para cultivos comerciais no Norte Fluminense.