REGIÕES CULTURAIS NA MICRORREGIÃO II DO NORTE FLUMINENSE

Autores

  • Rafaela Pinheiro de Almeida
  • Angelina Barros Mota Arêas
  • Gustavo Siqueira da Silva

Palavras-chave:

Quissamã, Carapebus, Diferentes manifestações culturais

Resumo

Este trabalho tem a relevância de conhecer mais sobre uma região complexa e pouco explorada no âmbito cultural. Abordaremos dois municípios da microrregião II do Norte Fluminense, Carapebus e Quissamã, com o objetivo de entender a diferenciação das manifestações culturais nesses espaços. No entanto, identificar, analisar e comparar regiões culturais é uma tarefa árdua que requer um aparato histórico do espaço a ser discutido, já que são dinâmicas e se transformam com o decorrer do tempo.O estudo da temática cultural de Carapebus e Quissamã, na busca do melhor caminho para alcançar o alvo deste trabalho, baseou-se em três aspectos: atividade produtiva, etnia e religião. Isso só foi possível, por meio de um denso levantamento bibliográfico para estabelecer o referencial teórico-metodológico; aplicação de formulários à população dos respectivos municípios; diagnóstico de campo, no qual foram utilizados registros fotográficos, através de idas sistemáticas à área de estudo e, por fim, o procedimento de agrupamento dos municípios, levando em consideração as semelhanças culturais entre eles; sem esquivar, no entanto, as especificidades de cada um.A paisagem que se tem deste recorte espacial no século XXI, é de dois municípios com população voltada, majoritariamente, para o setor terciário,de etnia, predominantemente, negra e onde a religião católica tem perdido o prestígio para as protestantes e, paralelamente, a este fenômeno, se mantém firme um sincretismo religioso entre católicos e os animistas. Entretanto, o modo como refletem tais características é peculiar e para entender os motivos que levam os quissamaenses a assumirem a cultura afro-brasileira enquanto os carapebuenses se envergonham de sua negritude, é preciso analisar a dinâmica do espaço do passado ao presente.Contudo, a percepção final é que embora ao identificar em espaços diferentes, aspectos culturais semelhantes, a forma como eles se manifestam podem ser diferente. Sendo assim, o foco, a partir daí, é apreender as razões que levam a essas especificidades.