ÓXIDO NÍTRICO E INDUÇÃO À TOLERÂNCIA AO ESTRESSE SALINO EM PLANTAS DE MILHO

Autores

  • Camila Queiroz da Silva
  • Mirella Pupo Santos
  • Daniel B. Zandonadi
  • Arnoldo Rocha Façanha
  • Ricardo Bressan-Smith

Palavras-chave:

Estresse salino, óxido nítrico, ATPases

Resumo

A salinidade é um dos fatores que limita o crescimento e a produção das culturas, induzindo modificações morfológicas e metabólicas nas plantas. A participação do ON como sinalizador durante o estresse salino tem sido recentemente estudada e sua atuação está na indução de respostas que geram tolerância à planta. Este trabalho teve por objetivo estudar o efeito do óxido nítrico em plantas de milho submetidas ao estresse salinoForam utilizadas plantas de milho (Zea mays L.,var. Uenf 506-8) submetidas aos seguintes tratamentos: meio mínimo (controle), NaCl 150 mM, SNP 200µM (doador de óxido nítrico (ON), NaCl +SNP e NaCl+SNP+200µM PTIO (sequestrador de ON). Foram analisados crescimento radicular, utilizando-se paquímetro; massas de raízes e partes aéreas frescas e secas, utilizando balança de precisão; os níveis de peroxidação lipídica, por meio da dosagem de MDA e a atividade de enzimas antioxidantes e de ATPases que foram determinadas com auxílio de espectrofotômetro e fluorímetro (transporte de H+ de ATPases).O tratamento salino reduziu em 50% o eixo principal de raízes sendo este efeito minimizado com o tratamento com SNP. A indução de raízes laterais foi reduzida por NaCl e estimulado pelo doador de ON. Plantas tratadas com NaCl apresentaram redução da massa de raízes e parte aérea frescas e secas. O tratamento com SNP reduziu parcialmente os efeitos do sal. A peroxidação lipídica aumentou 54% com o tratamento salino sendo menores em plantas tratadas com SNP. Os tratamentos com NaCl e SNP aumentaram a atividade das enzimas antioxidantes havendo efeito sinérgico destes quando utilizados em conjunto. Foi observado a indução da atividade de ATPases em plantas submetidas ao tratamento salino e ao SO doador de ON aumentou a atividade de enzimas antioxidantes e ATPases possibilitando a redução da peroxidação lipídica e manutenção da homeostase iônica celular, favorecendo a tolerância vegetal ao estresse salino.

Publicado

05-03-2012