AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTINEOPLÁSICA DE ESPÉCIES VEGETAIS OCORRENTES NO BRASIL

Autores

  • Maira Barcellos Marini
  • Thatiana Lopes Biá Ventura
  • William Rodrigues De Freitas
  • Michelle Frazão Muzitano
  • Milton Masahiko Kanashiro

Palavras-chave:

Antineoplásica, Extratos Vegetais, Citotoxicidade

Resumo

O câncer causa quase 7 milhões de mortes mundialmente todos os anos e no Brasil as taxas de incidência dessa doença são altas. O tratamento antineoplásico possui efeitos colaterais que limitam sua eficácia, assim faz-se necessária a busca de novos fármacos mais efetivos e menos tóxicos. Os produtos naturais têm sido amplamente estudados devido às propriedades farmacológicas diversas, dentre elas, antitumoral. O objetivo desse trabalho é avaliar a atividade antineoplásica de extratos vegetais.Células U937 foram incubadas com extratos aquosos das espécies vegetais Mimosa xanthocentra, Lippia alba, Ludwigia nervosa, Melochia villosa nas concentrações de 20, 100, 500?g/ml e macrófagos murinos RAW 264.7 na concentração de 500?g/ml. Após 24h, as taxas de citotoxidade dos extratos foram avaliadas através do método de MTT [3(4,5-dimethylthiazol-2-yl)-2,5-diphenyltetrazolium bromide], para ambas as células e para a RAW 264.7 a citotoxicidade foi avaliada também através da liberação da lactato desidrogenase (LDH). Todos os experimentos foram realizados em triplicata. As leituras foram feitas por espectrofotometria, a 570 nm para o método do MTT e de 492 nm para a quantificação de LDH.Os extratos incubados com as células RAW 264.7 induziram a liberação percentual de 48,50±5,19 (Mimosa xanthocentra), 82,16±2,59 (Lippia alba), 74,78±6,77 (Ludwigia nervosa) e 78,21±10,43 (Melochia villosa) de LDH quando comparado com os controles. No ensaio de inibição da proliferação celular pelo método de MTT, as taxas percentuais de toxicidade foram de 67,63±3,61; 66,28±3,70; 85,45±2,19 e 72,26±12,67 respectivamente. Nas células U937 os extratos testados foram pouco efetivos. Somente a planta Ludwigia nervosa apresentou uma taxa de citotoxicidade mais elevada de 64,52±4,51%, na concentração de 500 ?g/ml, enquanto para os demais extratos as taxas ficaram em torno de 25%.Nos resultados podemos observar que o extrato aquoso de L. nervosa foi capaz de induzir morte celular nas células RAW 264.7 e U937, sugerindo que mais experimentos devem ser realizados para evidenciar o tipo de morte envolvido e também para identificar a substância responsável por tal efeito.  

Publicado

02-04-2012