ENIGMAS DO MUNDO INTERIOR: WITTGENSTEIN E A LINGUAGEM SOBRE A EXPERIÊNCIA PRIVADA

Autores

  • Regina Brunichilli Cabral Bulhões
  • Júlio César Ramos Esteves

Palavras-chave:

Wittgenstein, Linguagem privada

Resumo

A reflexão filosófica varia devido seu contexto histórico, seus motivos relevantes e aos seus desdobramentos. Para tal, a filosofia abrange diferentes correntes com problemas que se difere em seus conceitos e questionamentos. Diante disso, Ludwig Wittgenstein mostra que esses problemas repousam sobre o mau entendimento da linguagem. Este projeto então, busca entender sua tese de que a linguagem seria um empreendimento intersubjetivo, não estabelecido solipsisticamente, numa linguagem privada.Por ser tratar deu uma reflexão filosófica, utilizaremos da leitura e discussões de diversos textos relacionados ao tema proposto, além de reuniões de estudo. Examinaremos as idéias e pensamentos levantados por Wittgenstein contra a possibilidade de uma linguagem privada, além da análise e interpretações sobre os parágrafos das Investigações Filosóficas, levando em consideração os conceitos de “jogos de linguagem” e “formas de vida”, que são fundamentais para a compreensão da concepção wittgenteiniana.Em sua filosofia Wittgenstein se divide no “primeiro Wittgenstein”, do Tractatus e o “segundo Wittgenstein”, que aparece nas Investigações Filosóficas, numa forma ordinária de ataque à obra anterior. Nessa fase Wittgenstein coloca o problema da possibilidade da linguagem privada e se levanta contra tal linguagem. A análise dos argumentos e conclusões levantados pelo filósofo, resulta em uma visão, no qual Wittgenstein contraria a concepção agostiniana da linguagem, tirando o significado das palavras do conceito de essência ou como ordem de objeto, favorecendo o seu emprego e função, comprometendo-se com o behaviorismo e conseqüentemente com o uma forma de inatismo.Através dos resultados, verifica-se que a linguagem está inserida em um meio socializado e relacionada a formas de vida. Porém, não pode ignorar as influências internas do indivíduo, pois o aprendiz não é uma “tabula rasa” e sua linguagem pode ser formada subjetivamente e adaptada ao meio.

Publicado

02-04-2012