ESTUDO DE CORROSÃO A QUENTE EM SUPERLIGAS DE NÍQUEL POR COMBUSTÍVEL DO LIXO ORGÂNICO URBANO

Autores

  • Diego Ferreira De Mendonça Silva
  • Ruben Rosenthal
  • Carlos Henrique Gomes

Palavras-chave:

corrosão a quente, biomassa, superliga de níquel

Resumo

A biomassa é uma fonte de energia limpa e renovável que já é utilizada como combustível de caldeiras a vapor, mas que tem seu uso vedado nas turbinas a gás.A pré-hidrólise ácida da biomassa do lixo orgânico urbano, remove parte considerável do potássio o qual é um dos principais responsáveis pela ocorrência de corrosão a quente. E assim, abre-se perspectiva de utilizar a celulignina (sub-produto da pré-hidrólise) como combustível em turbinas a gás.O ensaio estático de corrosão a quente consiste em cobrir os corpos de prova de níquel IN792-5A com uma camada de produtos da combustão da celulignina (cinzas), oriunda do lixo orgânico urbano e submetê-los a uma temperatura de aproximadamente 850°C por vários períodos de tempo (de até 100 horas), tendo como atmosfera de trabalho o ar estático no forno elétrico tubular.Após os ensaios,os corpos de prova passaram por processos de limpeza e foram avaliados para se conhecer os processos corrosivos envolvidos e sua extensão: 1)A variação de massa dos corpos de prova; 2)Análise por Microscopia eletrônica de varredura e por Difração de raios-X dos produtos de corrosão e/ou oxidação.Em caso de não ocorrência de corrosão a quente será observada a formação de uma camada de óxido na superfície com ocorrência ou não de descamação. Em caso de ocorrência de corrosão, além da camada de óxido superficial, poderá se verificar a presença interna de partículas de óxido, sulfetos e corrosão intergranular, características de corrosão do tipo II (também chamada de corrosão a quente em baixas temperatura, ocorre entre as temperaturas de 650°C e 800°C). Em caso de não ocorrência de corrosão a quente em ensaios de até 100 horas, as amostras serão submetidas a tempos de exposições mais longos.O atual trabalho investigará se a celulignina produzida a partir do lixo orgânico urbano nos dará margem para validar o seu uso como combustível orgânico capaz de ocupar destaque na matriz energética nacional.

Publicado

04-04-2012