AGLOMERAÇÃO PRODUTIVA DO COMPLEXO PORTUÁRIO DO AÇU: ASPECTOS DE SUA NATUREZA E PERSPECTIVAS EVOLUCIONÁRIAS

Autores

  • Maria Winnie Evangelista Santos UENF
  • Alcimar Das Chagas Ribeiro UENF
  • Nayara Gomes UENF
  • Sancler Rodrigues De Sousa UENF

Palavras-chave:

clusters, distritos industriais, externalidades marshallianas,

Resumo

O município de São João da Barra vem experimentando uma forte transformação de natureza econômica, social e territorial, em função dos investimentos de construção do Complexo Portuário do Açu. Para análise, optou-se pelo referencial teórico correspondente a cluster industrial e distrito industrial marshalliano. O objeto geral do trabalho é entender a trajetória da aglomeração produtiva e verificar as reais possibilidades de inserção do sistema econômico local ao processo de geração de riqueza.A metodologia utilizada no trabalho baseou-se nos condicionantes da pesquisa exploratória, descritiva e explicativa. Integrando-se tais elementos, o trabalho estruturou e aplicou um questionário no qual os temas colocados favorecem a formação de diálogo, em que a percepção dos entrevistados permite uma descrição mais aprofundada do fenômeno e uma explicação coerente baseada no entendimento dos mesmos e na teoria de base. Entrevistaram-se representantes de instituições públicas e privadas no território de base da aglomeração, são eles: representantes do setor comercial e industrial, agrícola, turístico, público local, ensino/pesquisa, comunicação e cultura, ambiental e investidores externos.O processo de abordagem considerou: rede de relacionamento entre firmas, especialização produtiva, externalidades produtiva e tecnológica, estímulo ao processo de interação para aumento da eficiência produtiva, aprendizagem e inovação e fornecimento local de mão-de-obra e insumos. Sobre essas questões, foi observada certa convergência entre a visão do poder público e do empreendedor e, sobretudo, uma perspectiva futura como norte da análise otimista desses mesmos atores. De forma divergente, se colocam os representantes dos setores de turismo, comercial, agrícola, meio ambiente, ensino e pesquisa e comunicação e cultura, que observam poucas empresas locais aproveitando as externalidades.Não são visíveis ações no sentido de capacitar o ambiente, seja na questão do fornecimento, da qualificação real da mão-de-obra, na crucial qualificação da gestão pública e, fundamentalmente, na ampliação da dotação infra-estrutural do território para acompanhar o processo corrente de transformação.

Publicado

26-03-2013