ANATOMIA E ULTRAESTRUTURA DE COLÉTERES ESTIPULARES EM ALSEIS PICKELLI PILGER ET SHMALE (RUBIACEAE): DO INICIO DO DESENVOLVIMENTO À SENESCÊNCIA

Autores

  • Cristiane Ferrante Tullii
  • Emilio de Castro Miguel
  • Maura Da Cunha

Palavras-chave:

Morfoanatomia, Estruturas secretoras, Coléteres

Resumo

A Floresta Atlântica é um bioma rico, onde se insere o ecossistema Mata de Tabuleiros. Neste, encontram-se diversas famílias de plantas, entre elas, Rubiaceae. Esta possui como característica notável a presença de estípulas onde é possível encontrar estruturas secretoras chamadas coléteres, que foram relatados em muitas espécies e exibem relevância taxonômica. O objetivo do trabalho é descrever a anatomia e ultraestrutura dos coléteres de A. pickelli, caracterizando seu processo de senescência. O material botânico foi coletado na Estação Ecológica de Guaxindiba (Mata do Carvão) localizada no município de São Francisco do Itabapoana no Estado do Rio de Janeiro. Amostras de ápices caulinares foram fixadas, à temperatura ambiente, em uma solução aquosa contendo glutaraldeído 2,5 %, formaldeído 4,0 % e tampão cacodilato de sódio 0,05 M em pH 7,2 por 24 horas e fragmentos de estípulas foram processados de acordo com as técnicas usuais de microscopia óptica e eletrônica de varredura e transmissão. Em A. pickelli, coléteres são cilindriformes e organizam-se em triângulos na base das estípulas. Possuem eixo central não vascularizado e epiderme secretora em paliçada. Coléteres jovens possuem superfície lisa e já apresentam secreção acumulada entre a membrana das células epidérmicas e a parede celular. Coléteres em estágio intermediário possuem superfície enrugada como resultado do processo secretor. O citoplasma das células epidérmicas mostra-se denso e retraído. Coléteres que cessaram sua função exibem senescência. Apresentam-se encarquilhados, com células epidérmicas desorganizadas, de aspecto colapsado e de difícil individualização de estruturas, inclusive na análise ultraestrutural. Os coléteres secretam grande quantidade de exsudato que protege o meristema em desenvolvimento. Antes do surgimento das folhas eles param de secretar e exibem as características típicas do processo de senescência relatadas. No entanto, observação de mais evidências do processo torna-se pertinente.

Biografia do Autor

  • Cristiane Ferrante Tullii
    Laboratório de Biologia Celular e Tecidual, Centro de Biociências e Biotecnologia, Universidade Estadual do Norte Fluminense
  • Emilio de Castro Miguel
    Laboratório de Biologia Celular e Tecidual, Centro de Biociências e Biotecnologia, Universidade Estadual do Norte Fluminense
  • Maura Da Cunha
    Laboratório de Biologia Celular e Tecidual, Centro de Biociências e Biotecnologia, Universidade Estadual do Norte Fluminense

Publicado

01-12-2010