COOPERAÇÃO ENTRE RECEPTORES TLR, IFN?R E METALOPROTEINASES DE MATRIZ NA EXPRESSÃO DE INTEGRINAS EM MACRÓFAGOS MURINOS INFECTADOS PELO T. gondii

Autores

  • Pollyana Maria de Oliveira Pimentel
  • Daniele Seipel da Silva
  • Andrea Cristina Vetö Arnholdt

Palavras-chave:

Toxoplasma gondii, Metaloproteases, MyD88

Resumo

Tem sido demonstrado por diferentes grupos que o Toxoplasma gondii é capaz de usar células do sistema imunológico, tais como macrófagos, células dendríticas e NK para se disseminarem no organismo hospedeiro. Os mecanismos moleculares envolvidos na migração das células infectadas e de sua transmigração através da hemato-encefálica não são conhecidos. As células infectadas devem ser capazes de sintetizar, expressar e secretar metaloproteases de matriz, que medeiam a proteólise de componentes da matriz extracelular e a afinidade-avidez de integrinas como ?v?3. O objetivo deste trabalho é demonstrar se o estado inicial de ativação da célula infectada influencia a modulação da expressão destas moléculas. Para isto, camundongos que tiveram silenciados os genes para a expressão de IFN?, IFN?R, ou MyD88, molécula adaptadora da via de sinalização de TLRs, são utilizados. Animais não modificados da linhagem C57Bl/6 servem como controle. São retiradas células de medula óssea destes animais, que passam por um processo de diferenciação na presença de sobrenadante de cultura de células L929, para a obtenção de macrófagos. As células são cultivadas em estufa de 5% CO2, 37°C, em DMEM (10% SFB). Após aproximadamente 10 a 15 dias, as células são removidas das garrafas de cultura por cell scraper, são lavadas e ajustadas para infecção com T. gondii em uma proporção de 5:1 parasita:célula. As células são infectadas em meio DMEM com 2% de SFB, e recebem diferentes tratamentos previamente à infecção. Para a análise da cooperação dos receptores TLR, 10 ng/ml de LPS são adicionados ao meio de cultura por 30 a 60 minutos antes da adição do parasita. Para a análise do papel do IFN? na regulação das metaloproteases e integrinas, células são previamente ativadas com 0.5 a 100 U/ml de IFN?. Após 24 h de infecção, as células são lavadas, fixadas e incubadas com anticorpos primários para as diferentes moléculas. Resultados preliminares sugerem que o T. gondii induz a diminuição da expressão da cadeia ?v de integrina em células ativadas com LPS. A pré-exposição dos macrófagos ao IFN? não é capaz de impedir essa modulação negativa. Estão sendo analisadas a expressão das metaloproteinases de membrana ADAM-10 e MT1-MMP neste sistema de infecção.