DESCRIÇÃO MORFOLÓGICA DA LÍNGUA DE PINGUINS-DE-MAGALHÃES (SPHENISCUS MAGELLANICUS)

Autores

  • Rafael de Paiva Nascimento e Oliveira
  • Breno Garone dos Santos
  • Ana Bárbara Freitas Rodrigues

Palavras-chave:

Pinguins-de-Magalhães, Morfologia, Língua

Resumo

Os Pingüins de Magalhães são aves marinhas de águas temperadas e estão amplamente distribuídos pelo Hemisfério Sul. Durante a época de nidificação, estes pingüins começam a migrar em direção ao norte, acompanhando a corrente das Malvinas sendo trazidos para o litoral brasileiro onde geralmente são encontrados. Este trabalho tem o objetivo de descrever a distribuição espacial das papilas linguais e mensurar o comprimento e a largura da língua de sete animais, oriundos do litoral do Espírito Santo. Todos os animais foram submetidos á necropsia na Seção de Anatomia Veterinária da Universidade Estadual do Norte Fluminense e a língua foi secionada na porção mais caudal da raiz da mesma, com o auxilio de um bisturi. Foi observado, uma diminuição em relação a largura da lingua, no sentido raiz-ápice, apresentando um afilamento total do seu ápice. Com um paquímetro digital foi mensurado o comprimento da raiz ao ápice da língua e a contagem individual das papilas, na superfície dorsal, foi realizada a olho nu, respeitando a distribuição de cinco fileiras no sentido raiz-ápice. As papilas encontradas na língua diferiam em quantidade, distribuição e tamanho daquelas encontras nas aves domésticas, segundo a literatura. Em relação as línguas analisadas, observamos uma distribuição espacial constante, dispostas em cinco fileiras na face dorsal da língua, totalizando 100 papilas por língua e um comprimento médio da raiz ao ápice de 3,8 cm. Dados referentes a anatomofisilogia deste animal são de grande relevância e devem ser amplamente pesquisados visto que, pingüins jovens se alimentam e se desenvolvem durante seu primeiro inverno, em águas do Uruguai e do sul do Brasil regressando a colônia de origem na primavera subseqüente.