A PERCEPÇÃO DOS PESCADORES ARTESANAIS DO FAROL DE SÃO TOMÉ SOBRE AS POLÍTICAS PÚBLICAS

Autores

  • Soraya Azeredo Pereira Feres

Palavras-chave:

Percepção ambiental, Políticas Públicas, Conhecimento empírico

Resumo

A pesca no Farol de São Tomé possui importância para a região, pois grande parte da população local sobrevive através da extração e consumo da pesca. Este trabalho visa caracterizar o perfil socioeconômico e a percepção ambiental dos pescadores. Esta pesquisa buscou a apreensão das relações estabelecidas entre os pecadores referentes às políticas públicas. Devido à situação de pobreza dos pescadores, tornou-se necessário fazer um levantamento das ações do Estado voltadas ao pescador.A área de estudo localiza-se na praia do Farol de São Tomé, na região do Norte Fluminense. Foi feito um levantamento bibliográfico, visando estabelecer as bases teóricas. Em uma outra etapa, realizaram-se os trabalhos de campo, para coletar dados através de informações, contando com o conhecimento empírico dos pescadores. Durante os meses de setembro e outubro foram realizadas entrevistas compostas por 56 questões, baseadas na percepção dos pescadores em relação ao ambiente em que atuam. O método empregado foi questionário aberto, com 30 pescadores locais que exercem a profissão. Todas as entrevistas foram gravadas para um melhor aproveitamento das informações.Com os dados gerados a partir das entrevistas, no que se refere à escolaridade a maioria dos pescadores possui ensino fundamental incompleto. Também foram constatados aspectos relevantes quanto ao defeso, sendo que 67 por cento dos pescadores o recebem. A maioria concorda, porém discute sobre a aplicação correta do período do seguro. De certa forma, optou-se por indagar ao pescador o que mais o ajudaria, com a finalidade de buscar, na sua percepção, alguma ação de política. Neste contexto, os que se consideram ajudados, entenderam que as colônias de pesca ajudam significativamente.Foi constatado que a maioria concorda com o defeso, porém na praia do Farol de São Tomé, este, não vem sendo respeitado. Parte disso, deve-se a falta de consciência dos pescadores, fiscalização deficiente, dinheiro recebido pelo seguro insuficiente, que vem ocasionando a pesca predatória.

Publicado

19-07-2011