CONTAGEM DE BACTÉRIAS CAPAZES DE UTILIZAR PETRÓLEO COMO FONTE DE CARBONO OBTIDAS DO SEDIMENTO DO MANGUEZAL DA BAÍA DE GUANABARA - RJ

Autores

  • Caroline Ramos Medeiros
  • Aline Márcia Ferreira Dias Da Silva
  • Rita Maria Costa Wetler Tonini
  • Albany Agues Marchetti Lugão
  • Adriana Daudt Grativol
  • Carlos Eduardo De Rezende

Palavras-chave:

Degradação de petróleo, heterotróficos totais, UFC

Resumo

Os manguezais constituem berçários para várias espécies animais, devido suas localizações costeiras são ambientes vulneráveis a derramamentos de óleo (BURNS et al., 2000). O objetivo do presente trabalho consistiu em realizar a contagem e promover a seleção de bactérias capazes de utilizar petróleo como fonte de carbono, demonstrando assim, potencial para a biorremediação de impactos causados por hidrocarbonetos, proporcionando alternativas para amenizar o impacto causado por estes poluentes.No manguezal da Baía de Guanabara, foram coletadas duas amostras compostas de sedimento em dois sítios, estação 1 (E1) e estação 2 (E2). O sedimento foi inoculado em frasco Erlenmeyer contendo meio mineral, procedendo-se diluição seriada e plaqueamento. Para tal, cada diluição foi inoculada em placas com meio de cultura para heterotróficos totais (Li et al., 2000). Foram, então, acrescidos 2% de petróleo (V/V) ao frasco, que foi incubado a ±28°C sob agitação, e repetido o plaqueamento a cada 7 dias até o 28° dia. As placas foram incubadas em estufa e a contagem realizada após 48 horas. Quando o petróleo do frasco foi visualmente degradado, o experimento foi repetido conforme descrito acima.Para a contagem antes da incubação com petróleo e durante os primeiros 28 dias de contaminação experimental, E1 apresentou valores entre 107 e 1011 UFC. g-1 de sedimento, e, após a degradação visual do petróleo, os valores ficaram entre 108 e 109 UFC. g-1 de sedimento durante os 28 dias. Para E2, antes da incubação, e nos 28 dias subsequentes, observou-se 107 a 1010 UFC. g-1 de sedimento, e, após a degradação, a contagem manteve-se na ordem de 108 UFC. g-1 de sedimento durante todo o experimento. Durante o primeiro mês, o número de UFCs aumentou em relação ao dia 0 para E1 e E2, e a contagem de UFCs foi maior, em média, do que no experimento realizado após a degradação do petróleo.O aumento inicial de UFCs indica que o petróleo pode servir como fonte extra de carbono. Entretanto, a queda na contagem após a incubação deve-se, possivelmente, ao esgotamento de substratos facilmente degradáveis, excluindo microrganismos mais sensíveis e selecionando os degradadores de petróleo.