TERAPIA COM CÉLULAS MONONUCLEARES EM MODELO DE ABLAÇÃO CORTICAL EM RATOS

Autores

  • VIVIANE GOMES DA SILVA
  • HELDER TEIXEIRA DE FREITAS
  • ARTHUR GIRALDI GUIMARÃES

Palavras-chave:

Plasticidade, Medula óssea, Terapia celular

Resumo

Diferentes tipos de lesões no córtex cerebral levam a diferentes efeitos na perda funcional e na plasticidade das conexões. Ao contrário da lesão por isquemia, a lesão por ablação não induz plasticidade e induz alterações funcionais diferentes das observadas na isquemia. No modelo de isquemia, a terapia com células mononucleares de medula óssea (CMMOs) resulta em recuperação funcional. O objetivo deste projeto é analisar se há recuperação funcional induzida pelas CMMOs no modelo de ablação.Foram utilizados machos da linhagem Wistar de 2-3 meses (240-380g). A lesão cerebral foi induzida através da remoção por sucção da maior parte do córtex motor primário e de parte do córtex somestésico primário do hemisfério esquerdo. Os animais foram divididos em dois grupos (n=3 para cada), onde no primeiro foi administrado PBS e no segundo foi administrado cerca de um milhão de células mononucleares extraídas de medula óssea de ratos doadores. A via de administração foi a injeção pela veia jugular. Dois testes sensorimotores (adesivo e cilindro) foram utilizados para avaliar a recuperação funcional.O experimento está em andamento, sendo que o acompanhamento da recuperação funcional pelos dois testes será feito semanalmente por no mínimo dois meses após a indução da ablação. No teste do adesivo, um adesivo é colado em cada pata do animal, e a análise dos resultados se baseia na observação direta de qual pata o animal remove primeiro o adesivo. No teste do cilindro, cada animal é colocado dentro de um cilindro de vidro transparente e filmado. Na análise dos vídeos quantifica-se o número de apoios com as patas dianteiras na parede do cilindro, calculando-se a taxa de assimetria, que é uma medida do nível de uso das patas dianteiras nos apoios.A hipótese testada neste experimento é a do efeito terapêutico das CMMOs no modelo de ablação cortical, com observação de recuperação funcional da pata afetada ao longo do período pós-ablação significativamente maior no grupo tratado com as CMMOs.

Publicado

29-03-2012