SUPLEMENTAÇÃO ENERGÉTICA E EFICIÊNCIA DA SÍNTESE MICROBIANA EM NOVILHOS A PASTO

Autores

  • Laila Cecília Ramos Bendia UENF
  • Carlos Augusto De Alencar Fontes UENF
  • Welington Daniel Souza UENF
  • Jéssica Morais Cunha UENF
  • Ítalo Câmara Almeida UENF

Palavras-chave:

pastagens tropicais, suplementação alimentar, produção microbiana,

Resumo

Na primavera e início do verão, pastagens tropicais, manejadas intensivamente, podem conter nível elevado de nitrogênio não protéico que pode não ser totalmente aproveitado pelo animal, pois carboidratos não são disponibilizados na mesma taxa e quantidade que compostos nitrogenados. O nitrogênio não utilizado na síntese proteica é excretado na urina, à custa de energia. Suplementos concentrados poderiam suprir energia, diminuindo a excreção de nitrogênio e incrementando a síntese microbiana.Utilizou-se 35 novilhos Brangus-Zebu manejados em pastagem de capim-mombaça, alocados em dois tratamentos: 1) suplementação (6g/kg de PV) e, 2) ausência de suplementação (controle). Foram realizadas coletas spot de urina para análise de creatinina, derivados de purina (DP), N-uréia (NUU) e coletas de sangue para determinar uréia sérica (NUS). A síntese de proteína microbiana foi determinada com base em sua relação com a absorção de purinas estimada através da excreção urinária de DP, utilizando-se a creatinina como indicador do volume urinário. As análises de variância foram efetuadas utilizando-se o Sistema de Análise Estatística - SAS variância adotando-se o nível de 5% de significância.Verificou-se, (P<0,05) maior síntese de proteína microbiana nos animais suplementados (902,49 ± 32g PBmic). O maior consumo de matéria seca (5,54 ± 0,16 kg MS), aumentando a disponibilidade de nutrientes, poderia explicar o aumento da síntese de proteína microbiana nesses animais. O valore observado de NUU (mg kg-1 dia-1) para os animais controle (176,20 ± 10) foi maior (P<0,05). Possivelmente, o desbalanço energia/proteína bruta da pastagem, teria resultado menor síntese microbiana nos animais controle, ocasionando maior excreção de N na urina. Não foi observado diferença (P>0,05) quanto à concentração plasmática de N-uréico (NUS) entre os tratamentos.A suplementação proteico-energética proporcionou maior eficiência de utilização dos compostos nitrogenados da dieta, influenciando positivamente a síntese de proteína microbiana e reduzindo a excreção urinária de nitrogênio.

Publicado

26-03-2013