EFEITOS IMUNOFARMACOLÓGICOS DOS EXTRATOS E FRAÇÕES DOS FRUTOS DE SCHINUS TEREBENTHIFOLIUS RADDI (AROEIRA)

Autores

  • Isabela Francisca de Jesus Borges Instituto Federal Fluminense
  • Natalia Ribeiro Bernardes
  • Michelle Frazão Muzitano
  • Daniela Barros de Oliveira

Palavras-chave:

Linfoproliferação, Antioxidante, anti-inflamatório

Resumo

Schinus terebinthifolius Raddi, aroeira, é uma espécie nativa e faz parte da região de Campos dos Goytacazes. Possui propriedades medicinais como anti-inflamatório. Neste trabalho as substâncias dos frutos foram purificados e avaliou-se o perfil químico, o ensaio antioxidante, a atividade anti-inflamatória através da capacidade destes em inibir a produção de óxido nítrico (NO) e a proliferação de linfócitos humanos in vitro, visando justificar o seu uso popular como anti-inflamatório A atividade antioxidante foi realizada por DPPH e nitroprussiato de sódio (SNP). Os frutos de aroeira foram purificados e avaliados por CLAE. Para verificar o mecanismo de inibição de NO pelos extratos, macrófagos RAW 264-7 foram cultivados com LPS por 12h. Após este tempo, os extratos foram adicionados no meio. Após 48h a quantidade de NO foi determinada pelo método de Griess. Foram coletados sangue de indivíduos saudáveis e realizado PBMC para coletar as células mononucleares e cultivadas com PHA (estímulo) e Ciclosporina A (imunossupressor) na presença dos extratos. Foi avaliado a viabilidade por (MTT) e citotoxicidade por (LDH). Na atividade antioxidante foi possível observar que os extratos seqüestram de forma significativa o NO formado pela adição de SNP o que pode contribuir para a diminuição do mesmo quando produzido pelos macrófagos em condições pró-inflamatórias. A inibição da produção de NO foi verificada em todos os extratos, após a pré-estimulação antes do tratamento e com estímulo e tratamento concomitante. Foi possível observar que nas maiores concentrações do extrato e frações de aroeira houve uma significativa inibição da proliferação dos linfócitos. Este efeito é seletivo tendo em vista que essas amostras se mostraram tóxicas apenas na maior concentração. Os resultados mostram que os flavonóides presentes nos frutos são capazes de inibir a proliferação de linfócitos humanos, sugerindo que estes possuem potencial anti-inflamatório. Sobre o mecanismo de ação, sugere-se que esses podem inibir a atividade da iNOS e também sequestrar o NO formado.

Publicado

02-04-2013