UTILIZAÇÃO DA PROTEÍNA DO SORO DE QUEIJO, ÁGUA DE MACERAÇÃO DE MILHO E FARINHA DE MARACUJÁ PARA A PRODUÇÃO DE PROTEASE E ?-AMILASE POR BACILLUS SP.

Autores

  • Natiele Oliveira Gentil
  • João Batista Barbosa
  • Erika Fraga de Souza
  • Meire Lelis Leal Martins

Palavras-chave:

Proteases, amilases, Bacillus sp

Resumo

A maioria das enzimas empregadas em processos industriais pertence ao grupo das hidrolases, dentre as quais se destacam as amilases e proteases. O maior empecilho ao uso dessas enzimas está relacionado ao seu alto custo. Neste contexto, este trabalho teve como objetivo avaliar a utilização de alguns rejeitos agroindustriais, tais como os derivados da indústria do milho, sucos e laticínios como substratos para a produção de ?-amilase e protease, por uma bactéria termofílica, Bacillus sp. SMIA-2. A bactéria empregada no estudo foi isolada do solo do município de Campos dos Goytacazes. Os meios de cultura utilizados para a produção de ?-amilase e protease continham proteína do soro de queijo [0,5% e 0,1% ( p/v)], farinha de maracujá [0,15% e 0,5% (p/v)] e água de maceração de milho [0,15% e 0,5% (p/v)]. O pH dos meios foi ajustado para 7,0 e esterilizados em autoclave a 121 °C, por 15 min. Posteriormente, foram inoculados com uma cultura de véspera (pré-inóculo) e incubados a 50ºC em um “shaker” rotatório operando a 150 rpm. Após 36 horas de fermentação, foram retiradas amostras em triplicata para medida do pH, dosagem da densidade ótica e a atividade das enzimas. Bacillus sp. SMIA-2 foi capaz de crescer e secretar simultaneamente as enzimas em estudo. O crescimento e a atividade das enzimas variaram de acordo com o tipo e a concentração dos resíduos utilizados. As mais baixas atividades enzimáticas foram encontradas quando o microrganismo foi cultivado em meio mineral contendo 0,5% (p/v) de proteínas do soro de queijo e 0,15% (p/v) de farinha de maracujá. Por outro lado, no meio mineral contendo 0,1% de proteínas do soro de queijo e 0,5% (p/v) de água de maceração de milho, Bacillus sp. produziu ambas as enzimas em níveis satisfatórios. As enzimas ?-amilase e protease alcançaram os níveis máximos de atividade na fase estacionaria de crescimento. Tanto a água de maceração do milho, resultante do processamento dos grãos de milho, como as proteínas do soro, extraídas durante a fabricação de queijo, são subprodutos ricos, de baixo custo, que podem ser utilizados como meio de cultura para a produção de proteases e amilases por Bacillus sp SMIA-2

Publicado

21-05-2013