ANÁLISES POR HPLC DE AMOSTRAS DE PLASMA E TECIDO ENCEFÁLICO PARA DETECÇÃO DOS FLAVONÓIDES RUTINA E QUERCETINA EM MODELO DE ISQUEMIA CEREBRAL FOCAL

Autores

  • Viviane Gomes da Silva
  • Amélia Miranda Gomes Rodrigues
  • Arthur Giraldi Guimarães

Palavras-chave:

Flavonóides, Acidente Vascular encefálico, HPLC

Resumo

Os flavonóides são metabólitos secundários de plantas com reconhecidas propriedades antiinflamatórias e antioxidantes, o que sugere o uso destes fármacos no tratamento da isquemia cerebral para reduzir danos neurológicos. Neste trabalho foram realizadas a isquemia cerebral focal em ratos e a administração intraperitoneal dos flavonóides rutina e quercetina. O objetivo foi verificar se eles podem ser detectados em amostras de plasma e de tecido encefálico, íntegro eisquêmico. Utilizou-se machos da linhagem Wistar (250-420g). Isquemia cerebral focal foi induzida por termocoagulação na vascularização subdural dos córtices motor e somestésico do hemisfério esquerdo. Após, os animais foram divididos em dois grupos e administrada uma dose única por via intraperitoneal de 50mg/Kg de rutina (grupo 1) e quercetina (grupo 2), tendo como veículo o propilenoglicol. Trinta minutos, uma, duas e quatro horas pós-isquemia (n=2 para cada tempo), foram realizadas coletas do sangue por punção cardíaca e dos tecidos encefálicos do hemisfério ipsilateral e contralateral. Amostras de sangue e tecido foram preparadas e analisadas por HPLC. Nas amostras de plasma do grupo 1, foi detectada rutina e metabólitos em todos os tempos: 30 min (9,40mg/mL), 1h (0,74mg/mL), 2hs (2,01mg/mL) e 4hs (1,28mg/mL). No tecido cerebral isquêmico, foi detectado rutina e metabólitos apenas após 1h (1,34ng/mg) e 2h (5,35ng/mg). Em todos os tecidos contralaterais rutina não foi detectada. No grupo 2, apenas em 30 min detectou-se a quercetina na forma de metabólitos no plasma (0,59mg/mL), no tecido ipsilateral (3,12ng/mg) e no tecido contralateral (1,99ng/mg). Os flavonóides estudados podem alcançar o parênquima cerebral isquêmico após injeção intraperitoneal. A abertura da barreira hematoencefálica que ocorre após a isquemia pode explicar estes resultados, sugerindo o uso destes fármacos como terapia no modelo de isquemia cerebral por termocoagulação.