DIAGNÓSTICO DA CINOMOSE CANINA NO HOSPITAL VETERINÁRIO DA UENF – CAMPOS DOS GOYTACAZES/RJ

Autores

  • Natasha Dalfior Signorelli
  • Aline Carvalho Galante
  • Sílvia Regina Ferreira Gonçalves Pereira

Palavras-chave:

Cinomose canina, Diagnóstico definitivo, Campos dos Goytacazes

Resumo

O vírus da cinomose canina (Canine distemper virus – CDV) é responsável por uma das mais importantes doenças do cão doméstico (Canis lupus familiaris), com altas taxas de morbidade e letalidade. O diagnóstico da cinomose canina, rotineiramente, baseia-se no histórico, sintomas clínicos, hemograma e bioquímica sérica. Os objetivos do trabalho foram: detectar o antígeno (Ag) específico do CDV, por imunocromatografia, em cães com suspeita clínica da doença e traçar o perfil clínico dos positivos. No Hospital Veterinário da UENF (HV–UENF), 64 cães do atendimento clínico, com idades variadas, de diferentes raças, de ambos os sexos e com sintomatologia sugestiva da cinomose foram clínica e laboratorialmente examinados. Os animais passaram por um questionário e anamnese direcionados para a tal virose. O exame laboratorial específico foi realizado através do “Kit Teste Ag CDV rápido Anigen”, um ensaio imunocromatográfico para detecção qualitativa do Ag viral. Amostras de secreção ocular foram colhidas, através de swab estéril, umedecido em solução salina e passado na conjuntiva. O swab contendo a amostra foi colocado em tubo com tampão diluente para posterior realização do teste laboratorial. Destes cães testados, 30 foram positivos (46,87%) para CDV. Dentre os positivos, não houve diferença significativa entre dois grupos de idades (até um ano – 46,67%; de dois a oito anos – 43,33%). Também não houve diferença entre os sexos (machos – 43,33%; fêmeas – 56,67%). Cães sem raça definida foram os mais acometidos (40%). A maioria dos positivos (96,67%) apresentou falha no esquema vacinal. As principais alterações clínicas encontradas entre os positivos foram: secreção ocular (80%), diarréia (30%), febre (36,7%), caquexia (16,7%) e secreção nasal (13,3%). Principais alterações neurológicas foram: paresias (56,7%), mioclonia (26,7%), incoordenação (13,3%) e opistótono (13,3%). Os resultados provam que o diagnóstico definitivo da cinomose canina só pode ser obtido quando o exame clínico é aliado ao laboratorial. Diagnóstico laboratorial específico, como o imunocromatográfico no HV–UENF em Campos dos Goytacazes, é importante, pois elimina a possibilidade de falso-positivos.