Análise comparada da ocorrência de Ditassa R.Br. e Minaria T.U.P. Konno & Rapini (Apocynaceae: Asclepiadoideae)

Autores

DOI:

https://doi.org/10.19180/1809-2667.v24n12022p181-193

Palavras-chave:

Clado MOG, Levantamento florístico, Metastelmatinae

Resumo

O objetivo deste trabalho foi catalogar as espécies dos gêneros Ditassa e Minaria ocorrentes no município de Lavras. Foi realizada a descrição das espécies, e uma chave de identificação. Uma comparação foi realizada com a ocorrência relatada em outros levantamentos realizados, a fim de se identificar a representatividade dessas espécies no município. O trabalho preconizou a consulta no Herbário ESAL, bem como os herbários SPF, HUEFS, JBRJ, NY e UEC, que apresentavam coletas para o município de Lavras. Os resultados do presente estudo foram também comparados com outros cinco estudos realizados, através da análise hierárquica de agrupamento (Two-way Cluster). Foram encontradas cinco espécies: Ditassa eximia, D. lenheirensis, D. mucronata, Minaria acerosa e M. cordata. Quanto ao grau de endemismo, M. cordata ocorreu apenas em Lavras, sugerindo que essa espécie possa ser endêmica do local. A maior similaridade ocorre entre Lavras e a Cadeia do Espinhaço. Mesmo Lavras apresentando uma extensão territorial reduzida, a diversidade dos táxons em questão foi considerável, revelando uma espécie de ocorrência limitada para a região.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Flávio Antônio Zagotta-Vital, Universidade Federal de Lavras (UFLA), Lavras/MG
    Doutor em Botânica Aplicada pela Universidade Federal de Lavras (UFLA) – Lavras/MG – Brasil. E-mail: flavio.zagotta@hotmail.com.

Referências

ALVES, R. J. V.; KOLBEK, J. Summit vascular flora of Serra de São José, Minas Gerais, Brazil. Check List., v. 5, n. 1, p. 035-073, 2009. DOI: https://doi.org/10.15560/5.1.35

BROWN, R. On the Asclepiadeae, a Natural Order of Plants separated from the Apocineae of Jussieu. In: Memoirs of the Wernerian Natural History Society, Edinburgh: The Society, 1810. v. 1, p. 12-78.

BURNETT, G. T. Asclepiadoideae. In: Outlines of Botany, p. 1012-1103, 1835.

CHAGAS-JUNIOR, J. M.; CARVALHO, D. A.; MANSANARES, M. E. A Família Bignoniaceae Juss. (Ipês) no município de Lavras, Minas Gerais. Cerne, v. 16, n. 4, p. 517-529, out./dez. 2010. DOI: https://doi.org/10.1590/S0104-77602010000400011

DNM. DEPARTAMENTO NACIONAL DE METEOROLOGIA. Normais Climatológicas: (1961-1990), Brasília, p. 84, 1992.

ENDRESS, M. E. Apocynaceae and Asclepiadaceae: united they stand. Haseltonia, The Hague, v. 8, p. 2-9, 2001.

ENDRESS, M. E.; BRUYNS, P. V. A revised classification of the Apocynaceae s.l. The Botanical Review, v. 66, n. 1, p. 1-56, 2000.

FARINACCIO, M. A.; MELLO-SILVA, R. Asclepiadoideae (Apocynaceae) do parque nacional da Serra da Canastra, Minas Gerais, Brasil. Boletim de Botânica da Universidade de São Paulo, v. 22, n. 1, p. 53-92, 2004.

FERREIRA, F. M.; FORZZA, R. C. Florística e caracterização da vegetação da Toca dos Urubus, Baependi, Minas Gerais, Brasil. Biota Neotropica, v. 9, n. 4, p. 34-58, 2009. DOI: https://doi.org/10.1590/S1676-06032009000400014

GOES, M. B.; PEREIRA, J. F. Asclepiadoideae (Apocynaceae) no município de Santa Teresa, Espírito Santo, Brasil. Rodriguésia, v. 60, p. 509-529, 2009.

JUSSIEU, A. L. Apocynaceae. Genera Plantarum, p. 143-144, 1789.

KOCH, I. et al. Apocynaceae. In: LISTA de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. 2013. Disponível em: http://reflora.jbrj.gov.br/jabot/floradobrasil/FB48 Acesso em: 23 maio 2018.

KONNO, T. U. P. et al. The new genus Minaria (Asclepiadoideae, Apocynaceae). Taxon, v. 55, n. 2, p. 421-430, 2006. DOI: https://doi.org/10.2307/25065588

LIEDE-SCHUMANN, S. et al. Phylogenetics of the New World subtribes of Asclepiadeae (Apocynaceae–Asclepiadoideae): Metastelmatinae, Oxypetalinae, and Gonolobinae. Systematic Botany, v. 30, n. 1, p. 184-195, 2005. DOI: https://doi.org/10.1600/0363644053661832

McCUNE, B.; MEFFORD, M. J. PC-ORD: Multivariate Analysis of Ecological Data. Version 6. Gleneden Beach, Oregon, U.S.A MjM Software, 2011.

MONGUILHOTT, L.; MELLO-SILVA, R. Apocynaceae do Parque Estadual de Ibitipoca, Minas Gerais. Boletim Botânico da Universidade de São Paulo, v. 26, n. 2, p. 93-130, 2008.

MURTAGH, F.; LEGENDRE, P. Ward’s hierarchical aglomerative clustering method: which algorithms implement Ward’s criterion? Journal of Classification, v. 31, p. 274-295, 2014. DOI: https://doi.org/10.1007/s00357-014-9161-z

OLIVEIRA-FILHO, A. T. et al. Estrutura fitossociológica e variáveis ambientais em um trecho da mata ciliar do córrego dos Vilas Boas, Reserva Biológica do Poço Bonito, Lavras (MG). Revista Brasileira de Botânica, v. 17, p. 67-85, 1994.

PAIVA, E. A. S. Dichotomous Keys. Acta Botanica Brasilica, 2014. Disponível em: http://acta.botanica.org.br. Acesso em: 10 maio 2018.

QUEIROZ, R. et al. Zoneamento Agroclimático do Estado de Minas Gerais. Belo Horizonte: Secretaria do Estado da Agricultura, 1980. 114 p.

RAPINI, A. Revisitando as Asclepiadoideae (Apocynaceae) da Cadeia do Espinhaço. Boletim de Botânica da Universidade de São Paulo, v. 28, n. 2, p. 97-123, 2010.

RAPINI, A. Taxonomy “under construction”: advances in the systematics of Apocynaceae, with emphasis on the Brazilian Asclepiadoideae. Rodriguésia, v. 63, n. 1, p. 75-88, 2012. DOI: https://doi.org/10.1590/S2175-78602012000100007

RAPINI, A. et al. Asclepiadoideae (Apocynaceae) da Cadeia do Espinhaço de Minas Gerais. Boletim Botânico da Universidade de São Paulo, v. 28, n. 2, p. 97-123, 2010.

RAPINI, A. et al. Asclepiadeae classification: evaluating the phylogenetic relationships of New World Asclepiadoideae (Apocynaceae). Taxon, v. 52, n. 1, p. 33-50, 2003. DOI: https://doi.org/10.2307/3647436

RAPINI, A.; FONTELLA-PEREIRA, J.; GOYDER, D. J. Towards a stable generic circumscription in Oxypetalinae (Apocynaceae). Phytotaxa, v. 26, p. 9-16, 2011. DOI: https://doi.org/10.11646/phytotaxa.26.1.2

RIBEIRO, P. L. et al. Using multiple analytical methods to improve phylogenetic hypotheses in Minaria (Apocynaceae). Molecular Phylogenetics and Evolution, v. 65, n. 3, p. 915-925, 2012. DOI: https://doi.org/10.1016/j.ympev.2012.08.019

SOUZA, V. C.; LORENZI, H. Botânica Sistemática: guia ilustrado para identificação das famílias de Fanerógamas nativas e exóticas no Brasil, baseado em APG III. 3. ed. Nova Odessa: Instituto Plantarum, 2012. 830 p.

SZEKELY, G. J.; RIZZO, M. L. Hierarchical Clustering Via Joint Between- Within Distances: Extending Ward’s Minimum Variance Method. Journal of Classification, v. 22, p. 151-183, 2005. DOI: https://doi.org/10.1007/s00357-005-0012-9

THIERS, B. Index Herbariorum: A global directory of public herbaria and associated staff. New York Botanical Garden's Virtual Herbarium. Disponível em: http://sweetgum.nybg.org/science/ih/. Acesso em: 19 fev. 2019.

WARD, J. H. Hierarchical Grouping to Optimize an Objective Function. Journal of the American Statistical Association, v. 58, p. 236-244, 1963.

YASEEN, S.; PERVEEN, A. Pollinia Morphology to Some Members of Asclepiadaceae of Pakistan. Bangladesh Journal of Botany, v. 43, n. 3, p. 249-253, 2014. DOI: https://doi.org/10.3329/bjb.v43i3.21590

ZAGOTTA-VITAL, F. A. Análise comparada da ocorrência de Aspidosperma Mart. & Zucc. (Apocynaceae Juss.) no município de Lavras, Minas Gerais, Brasil. Revista Arquivos Científicos (IMMES), v. 1, n. 2, p. 44-50, 2018. DOI: https://doi.org/10.5935/2595-4407/rac.immes.v1n2p44-50

Publicado

04-04-2022

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Análise comparada da ocorrência de Ditassa R.Br. e Minaria T.U.P. Konno & Rapini (Apocynaceae: Asclepiadoideae). Revista Vértices, [S. l.], v. 24, n. 1, p. 181–193, 2022. DOI: 10.19180/1809-2667.v24n12022p181-193. Disponível em: https://editoraessentia.iff.edu.br/index.php/vertices/article/view/15999.. Acesso em: 28 mar. 2024.