“No princípio era o verbo”: a escrita de Resistência e identitária nas produções da Casa dos Estudantes do Império

Autores

DOI:

https://doi.org/10.19180/1809-2667.v24n12022p84-103

Palavras-chave:

Poesia anticolonial, Casa dos Estudantes do Império, Identidade

Resumo

No coração da metrópole, entre os anos de 1944 e 1965, a Casa dos Estudantes do Império (CEI) foi responsável pela formação de uma parte da intelectualidade africana que lutou contra o colonialismo português em África. Personalidades como Amílcar Cabral, Agostinho Neto, entre outros, se transformariam em personagens fundamentais nessa luta contra a opressão. O objetivo deste artigo é analisar alguns poemas produzidos por membros da Casa e que estão compilados nas obras Antologias de Poesia da Casa dos Estudantes do Império, tendo como destaque os escritores angolanos. Ademais, para uma melhor compreensão, faz-se necessária uma contextualização histórica da Casa e do seu papel na formação de uma consciência anticolonial e identitária para esses membros, que ecoaria futuramente em seus países de origem.

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Biografia do Autor

  • Lucas Esperança da Costa, Faculdade Santa Marcelina (FASM), Muriaé/MG
    Doutor em Letras: Estudos Literários pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Professor de Literatura Brasileira e Coordenador do Curso de Letras na Faculdade Santa Marcelina – Muriaé/MG – Brasil. E-mail: l.esperanca@yahoo.com.br.

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Publicado

04-04-2022

Edição

Seção

Dossiê Temático: "Literaturas africanas de língua portuguesa"

Como Citar

“No princípio era o verbo”: a escrita de Resistência e identitária nas produções da Casa dos Estudantes do Império . Revista Vértices, [S. l.], v. 24, n. 1, p. 84–103, 2022. DOI: 10.19180/1809-2667.v24n12022p84-103. Disponível em: https://editoraessentia.iff.edu.br/index.php/vertices/article/view/16297.. Acesso em: 29 mar. 2024.